Em entrevista ao Al Arabiya English na quinta-feira, o embaixador dos EUA em Israel, Mike Huckabee, declarou que um estado palestino não é uma prioridade para a administração Trump. “Eu certamente não ouvi o presidente dizer que isso é uma das coisas mais importantes que temos que buscar”, afirmou Huckabee.
Segundo o Israel National News, o embaixador também criticou a Autoridade Palestina e os governos europeus por ações que “completamente interrompem” os esforços de paz. Ele destacou que Gaza já foi um estado 100% palestino e que o resultado desastroso dessa experiência erodiu a confiança em um modelo de dois estados. “As pessoas veem como isso terminou”, disse ele.
Em uma mensagem firme aos líderes europeus, Huckabee os instou a “reavaliarem suas ações” e a exercerem mais pressão sobre o Hamas, em vez de sobre Israel. “Parem de colocar tanta pressão sobre como Israel está se defendendo contra o Hamas”, disse ele, “e comecem a colocar a pressão sobre ações militares radicais que foram destinadas a matar pessoas judias.”
PUBLICIDADE
Huckabee também defendeu a operação terrestre de Israel em Gaza. “O presidente deixou muito claro que essa é uma decisão que os israelenses têm que tomar. É o futuro deles que está em jogo”, declarou Huckabee.
Ele afirmou que “o Hamas não pode ficar, eles não têm papel no futuro de Gaza e precisam liberar todos os reféns”. Quanto ao impacto humanitário da guerra, Huckabee disse que a responsabilidade recai sobre o Hamas. Ele expressou ceticismo sobre a sinceridade do Hamas em acordos de cessar-fogo, acrescentando: “Eles começam a exigir mais coisas, e isso faz o acordo explodir”. Ele concluiu que o Hamas terá que “reconhecer que seu futuro em Gaza acabou. Eles não têm um ali”.
Sobre os reféns, Huckabee reconheceu as profundas divisões entre as famílias, mas afirmou: “A unanimidade é que todos querem os reféns em casa”.