Um egípcio residindo ilegalmente nos EUA foi acusado de crimes federais de ódio e várias infrações estaduais após supostamente atacar uma manifestação pacífica em Boulder, Colorado, com coquetéis Molotov e um lança-chamas improvisado. O suspeito, Mohamed Sabry Soliman, de 45 anos, teria como alvo participantes da caminhada semanal “Run for Their Lives”, que defende a libertação de reféns israelenses mantidos pelo Hamas em Gaza. O ataque ocorreu em 1º de junho de 2025, próximo ao Pearl Street Mall, resultando em ferimentos em 12 pessoas, incluindo um sobrevivente do Holocausto de 88 anos.
De acordo com o Israel National News, documentos judiciais indicam que Soliman vinha planejando o ataque há mais de um ano. Inicialmente, ele pretendia usar uma arma de fogo, mas foi impedido de comprá-la devido ao seu status de visto expirado. Posteriormente, ele pesquisou no Youtube como construir dispositivos incendiários e adquiriu os materiais necessários. No dia do ataque, Soliman supostamente se disfarçou de jardineiro para se aproximar dos manifestantes antes de acender e jogar dois coquetéis Molotov na multidão.
Testemunhas relataram que Soliman gritou “Free Palestine” durante o ataque. Em declarações às autoridades, ele expressou o desejo de “matar todas as pessoas sionistas” e indicou que cometeria o ato novamente se tivesse a oportunidade.
Soliman enfrenta 16 acusações de tentativa de homicídio em primeiro grau, acusações relacionadas ao uso de dispositivos incendiários e uma acusação federal de crime de ódio. Se condenado em todas as acusações, ele pode enfrentar uma sentença superior a 600 anos.
O FBI classificou o incidente como um ataque terrorista direcionado. O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, condenou o ataque, atribuindo-o à aplicação frouxa das leis de imigração e enfatizando a necessidade de controles de fronteira mais rigorosos.
A organização “Run for Their Lives” declarou que seus eventos semanais são pacíficos e não políticos, visando apenas aumentar a conscientização sobre o sofrimento dos reféns. Apesar do ataque, eles planejam continuar seus esforços de advocacy.
Soliman permanece sob custódia, aguardando julgamento.