Um inquérito conduzido pelas Forças de Defesa de Israel (IDF) sobre o massacre e a batalha em Sderot em 7 de outubro de 2023 concluiu que o exército falhou em proteger a cidade, conforme detalhado em reportagem do The Times of Israel publicada na quinta-feira, 27 de março de 2025. Liderado pelo Coronel Nitai Okashi, que assumiu o comando de Sderot em 8 de outubro, o estudo identificou uma série de falhas que contribuíram para as graves consequências do ataque.
Dividindo os combates em três zonas principais — a intensa batalha na Delegacia de Polícia de Sderot, os confrontos no complexo Mall 7, na estação de trem e na rota 34, e nos bairros Ahuzim e Naot Haneviim —, a investigação apontou deficiências críticas. O batalhão regional e a companhia responsáveis pela defesa não conseguiram influenciar os combates, houve desorganização perto da fronteira, limitando a liberdade operacional da IDF, e faltou um sistema eficaz de alerta contra infiltrações. Além disso, o inquérito destacou problemas no sistema de segurança da cidade, como a preparação inadequada da equipe de resposta, a falta de cooperação entre IDF e polícia, e a ausência de alertas eficientes aos moradores.
Durante o ataque brutal, 41 terroristas infiltraram-se em Sderot, promovendo uma matança nas ruas que deixou 37 civis mortos e 16 membros das forças de segurança caídos, além de muitos feridos. Apesar do caos, a resistência heroica de soldados, policiais e civis resultou na morte de 39 terroristas e na captura de dois vivos, encerrando a batalha com um resultado excepcional em comparação a outros confrontos do mesmo dia. O inquérito foi baseado em entrevistas com combatentes, análise de registros operacionais, imagens de segurança, gravações de rádio, vídeos de câmeras corporais dos terroristas e inteligência.
Segundo o Arutz Sheva, o prefeito de Sderot, Alon Davidi, comentou: “A cidade chora pelas famílias das 73 vítimas — moradores, visitantes, soldados e policiais mortos no 7 de outubro e nos dias seguintes. O inquérito confirma o que já sabíamos: não fomos alertados da infiltração até que os terroristas estavam aqui. O heroísmo evitou algo pior.” Ele destacou que, nos últimos 18 meses, a prefeitura colaborou com o governo e a IDF para reforçar a segurança, mas alertou: “Algumas lições não foram aplicadas, e nem todas as necessidades militares atendidas. Pedimos ação urgente ao IDF e ao governo.”