Israel National News / Reprodução

O Irã intensificou seus esforços para isolar Israel no cenário esportivo internacional. Em uma carta enviada à FIFA, o presidente da Associação de Futebol do Irã, Mehdi Taj, pediu a expulsão de Israel do futebol mundial. Taj acusou Israel de atacar instituições e pessoal esportivo iranianos durante a Operação Leão Ascendente. Segundo ele, ataques israelenses atingiram a sede da Associação de Futebol do Irã e o campo de treinamento da seleção nacional, resultando na morte de um árbitro e no ferimento de 30 jogadores de futebol iranianos.

De acordo com informações de Israel National News, Taj também acusou Israel de violar sistematicamente todas as leis possíveis, assassinando comandantes, crianças e atletas iranianos em seus lares através de bombardeios em bairros residenciais e áreas povoadas por civis. No entanto, o oficial iraniano não forneceu evidências para apoiar essas alegações.

Taj criticou ainda os Estados Unidos, que sediarão a Copa do Mundo da FIFA de 2026, sugerindo que a participação iraniana pode estar em risco. Ele afirmou que, considerando a abordagem hostil dos EUA em relação ao Irã, é difícil ser otimista sobre como eles se comportarão durante o torneio. Taj mencionou que os EUA são imprevisíveis e que é possível que não permitam a entrada dos membros da equipe iraniana no país.

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Esses comentários ocorrem em meio a uma campanha mais ampla dos oficiais iranianos para pressionar organizações esportivas internacionais a tomar ações punitivas contra Israel. No mês passado, o Ministro dos Esportes do Irã, Ahmad Donyamali, apelou ao Comitê Olímpico Internacional (COI) sobre o que ele descreveu como “os crimes da entidade sionista e os assassinatos de atletas iranianos”. Donyamali expressou tristeza e preocupação com os crimes militares flagrantes cometidos pela entidade sionista contra o Irã, afirmando que esses atos vis são uma violação dos direitos humanos e, infelizmente, levaram à morte de pessoas inocentes, incluindo vários atletas e civis no país.

O Irã, que não reconhece Israel, tem uma política de longa data de boicotar eventos que incluam israelenses. Em 2012, atletas iranianos anunciaram sua intenção de boicotar competições contra israelenses nos Jogos Olímpicos de Londres. Em 2017, dois jogadores iranianos foram criticados em seu país após jogarem por seu clube grego, Panionios, em uma partida de qualificação da Liga Europa contra o Maccabi Tel Aviv. Inicialmente, os dois foram banidos por vida da seleção nacional iraniana como punição, mas o Irã parece ter cancelado o banimento após um grande clamor dos fãs de futebol nas redes sociais e a abertura de uma investigação pela FIFA, que tem regras contra interferência política nas seleções nacionais.

Em 2019, o judoca iraniano Saeid Mollaei foi forçado a perder uma partida contra israelenses, mesmo após a Federação Internacional de Judô (IJF) e o Irã terem chegado a um acordo que estipula que o Irã não boicotará mais competições contra israelenses. Após o incidente, a IJF impôs uma proibição de quatro anos ao Irã de participar de eventos internacionais.

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Em 2023, as autoridades iranianas deram um banimento vitalício ao levantador de peso Mostafa Rajaei após ele ter apertado a mão de um competidor israelense em um evento na Polônia, conforme relatado pela mídia estatal na época.

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