Em 2023, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, deixou clara a posição do país antes da quinta rodada de negociações nucleares indiretas com os EUA em Roma. Conforme relatado por Israel National News, Araghchi afirmou que a fórmula para um acordo não é complexa: “Zero bombas nucleares = temos um acordo. Zero enriquecimento = não temos acordo. Hora de decidir…”, escreveu ele em uma postagem no site de mídia social X.
O Irã tem insistido repetidamente que seu direito ao enriquecimento de urânio é “não negociável”, uma posição que está diretamente em desacordo com o principal negociador dos EUA, Steve Witkoff, que o classificou como uma “linha vermelha”, reiterando que os Estados Unidos “não podem permitir nem um por cento de capacidade de enriquecimento”.
Araghchi, no início desta semana, reforçou a posição do Irã sobre o enriquecimento de urânio, declarando que o Irã continuaria enriquecendo urânio “com ou sem um acordo” sobre seu programa nuclear.
A República Islâmica atualmente enriquece urânio a 60%, significativamente acima do limite de 3,67% estipulado no acordo de 2015.
Embora as quatro primeiras rodadas de conversas entre o Irã e os EUA tenham sido descritas como positivas, o Líder Supremo do Irã, Ayatollah Ali Khamenei, expressou dúvidas sobre as perspectivas das negociações no início desta semana. “Não achamos que levará a algum resultado. Não sabemos o que vai acontecer”, afirmou ele, acrescentando ainda que negar o direito do Irã de enriquecer urânio foi “um grande erro”.
O presidente dos EUA, Donald Trump, repetidamente disse que prefere o caminho da diplomacia com o Irã, mas não descartou a possibilidade de uma operação militar contra suas instalações nucleares, caso as negociações falhem.
