Após a guerra de 12 dias entre Israel e Irã, encerrada em 2025, o regime iraniano parece estar voltando sua atenção para dentro do país, intensificando a repressão com uma velocidade assustadora. De acordo com Kasra Aarabi, diretor de pesquisa sobre o Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) na organização United Against Nuclear Iran, a República Islâmica está acelerando rumo a um “modelo de isolamento e controle ao estilo da Coreia do Norte”.
Segundo o Fox News, estamos testemunhando um tipo de isolamento doméstico que terá consequências significativas para o povo iraniano. Aarabi afirmou que o regime sempre foi totalitário, mas o nível de supressão atual é sem precedentes. “É diferente de tudo o que já vimos antes”, disse ele.
Dentro do Irã, uma fonte confirmou ao Fox News Digital que “a repressão se tornou aterrorizante”. Aarabi, que mantém contatos diretos no país, descreveu uma nação sitiada por seus próprios governantes. Em Teerã, ele relatou que os cidadãos são parados aleatoriamente, seus telefones confiscados e revistados. “Se você tiver conteúdo considerado pró-Israel ou que zombe do regime, você desaparece”, disse ele. “As pessoas agora deixam seus celulares em casa ou apagam tudo antes de sair”.
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Essa nova onda de paranoia e medo, explicou ele, espelha táticas vistas na Coreia do Norte, onde cidadãos desaparecem sem explicação e a informação é rigidamente controlada. Durante o recente conflito, a liderança iraniana impôs um apagão total da internet para isolar a população, bloqueando alertas de evacuação de Israel e promovendo propaganda que retratava Israel como atacando civis indiscriminadamente.
Foi um objetivo perverso”, disse Aarabi, acrescentando que “eles cortaram deliberadamente as comunicações para instilar medo e manipular a percepção pública. Durante quatro dias, nenhuma mensagem foi enviada. Até os alertas de evacuação de Israel não alcançaram seus alvos”.
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O objetivo do regime, ele afirmou, era duplo: manter as pessoas longe das ruas e corroer o surpreendente vínculo que havia se formado entre iranianos e israelenses. “No início da guerra, muitos iranianos acolheram os ataques”, observou Aarabi. “Eles sabiam que Israel estava mirando o IRGC – as próprias forças responsáveis por suprimir e matar seu próprio povo. Mas, uma vez que a internet foi cortada e o medo se instalou, alguns começaram a questionar o que estava acontecendo”.