Em meio a crises políticas, econômicas e de segurança, o Irã voltou a usar sua tática desgastada e cínica de prender membros de minorias religiosas, como bahaís e judeus, sob acusações fabricadas de espionagem para Israel. O que a mídia estatal iraniana celebra como uma grande “operação de contraespionagem” carece de qualquer evidência crível e apenas revela o medo e a desesperança de um regime que perdeu sua legitimidade junto ao povo há muito tempo.
Conforme relatado por Israel National News, relatórios recentes do Irã indicam que dezenas de bahaís foram presos nas últimas duas semanas em operações coordenadas em Teerã, Isfahan, Yazd e Shiraz. Eles são acusados de pertencer a uma rede de espionagem israelense e de planejar atos de sabotagem. Ao mesmo tempo, pelo menos 35 cidadãos judeus em Teerã e Shiraz foram convocados e interrogados, suas casas foram revistadas e seus passaportes confiscados, tudo sob o mesmo pretexto infundado de contato com parentes em Israel.
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Nas últimas semanas, as forças de segurança da República Islâmica também prenderam pelo menos oito parentes daqueles mortos durante os protestos de 2022. Isso faz parte de uma repressão mais ampla contra ativistas sociais, minorias étnicas e religiosas e outros cidadãos após o cessar-fogo entre Irã e Israel. Pelo menos 21 convertidos ao cristianismo foram presos em seis cidades iranianas no início de julho de 2025.
As acusações levantadas são absurdas e inacreditáveis. Afirmam que cidadãos comuns estavam “guiando drones suicidas”, “filmando locais militares sensíveis” ou “planejando atentados a bomba” — alegações fantásticas, sem explicação de como pessoas comuns, empobrecidas e sancionadas, poderiam realizar tais atos.
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Essas prisões não são sinais de força, mas de um regime que não tem mais nada a oferecer além de repressão. Apressadamente, o judiciário alterou leis de espionagem para permitir julgamentos rápidos e penas mais severas, incluindo execuções públicas. Minorias religiosas, cuja própria existência desafia a alegação do regime de “pureza islâmica”, são os alvos mais fáceis. Essas repressões são encenadas como “justiça islâmica”, mas não passam de crueldade bruta, destinadas a distrair o público e instilar medo.
Enquanto isso, através de sermões de sexta-feira e propaganda oficial, o povo é instado a “expulsar colaboradores sionistas”, revivendo a cultura tóxica de medo e traição que marcou a revolução de 1979. O regime alega estar “expurgando traidores”, mas na realidade, a maior traição foi cometida por Khamenei e seu círculo, que saquearam a riqueza do Irã, exportaram ódio e mergulharam o povo em guerra e pobreza.









