Israel National News / Reprodução

O líder supremo do Irã, Ayatollah Ali Khamenei, causou um tumulto geopolítico ao pedir “esforços conjuntos eficazes” entre Irã e Paquistão contra Israel. Em uma mensagem compartilhada via X (antigo Twitter), Khamenei elogiou a postura consistente do Paquistão sobre a questão palestina e pediu unidade muçulmana para deter “os crimes do regime sionista em Gaza”.

Essa declaração ousada gerou especulações intensas: será que o Paquistão se alinharia ao bloco do Irã e poderia se juntar ao que alguns chamam de “Eixo do Mal” moderno?

As declarações de Khamenei, embora não totalmente sem precedentes em tom, chegaram em um momento particularmente volátil. A guerra em Gaza atraiu críticas internacionais a Israel, enquanto o sentimento anti-Israel aumentou em todo o mundo muçulmano. O Paquistão, tradicionalmente um defensor vocal da causa palestina, nunca reconheceu oficialmente Israel. Khamenei destacou isso, elogiando a recusa do Paquistão em ceder a incentivos para normalização com Israel.

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Mas agora, o Irã está pressionando por mais do que apenas apoio verbal — está pedindo colaboração estratégica e acionável.

De acordo com informações de Israel National News, essa aproximação ocorre em meio a uma relação Irã-Paquistão complexa e frequentemente tensa. Embora ambos os países compartilhem laços culturais e religiosos profundos, a história recente foi marcada por conflitos. No ano passado, ataques transfronteiriços entre os dois países nas províncias de Balochistão e Sistan-Baluchestan provocaram temores de um conflito mais amplo. Essas hostilidades foram eventualmente amenizadas por engajamentos diplomáticos de alto nível, mas as cicatrizes permanecem. Nesse contexto, o apelo de Khamenei não é apenas um pedido de unidade; é uma jogada calculada para puxar o Paquistão mais para a órbita geopolítica do Irã.

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As possíveis implicações são enormes. O Irã lidera o que é conhecido como o “Eixo da Resistência”, uma rede de atores estatais e não estatais, incluindo o Hezbollah e o Hamas, com o objetivo de destruir Israel e contrapor a influência ocidental na região. Se o Paquistão mudar sua postura e se alinhar mais de perto com o Irã, isso poderia alterar significativamente a dinâmica regional.

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