O Ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, expressou ceticismo sobre a possibilidade de se alcançar um acordo nuclear final dentro do prazo de 60 dias proposto pelo Presidente Trump durante uma reunião com o enviado da Casa Branca, Steve Witkoff. De acordo com o Israel National News, Araghchi sugeriu que as partes considerassem negociar um acordo interino, embora a Missão do Irã na ONU tenha negado ter feito tal proposta.
As discussões entre Araghchi e Witkoff ocorreram em Roma, tanto diretamente quanto por meio de mediação, com o Ministro das Relações Exteriores de Omã, Badr al-Busaidi, atuando como intermediário. Araghchi afirmou que a complexidade dos detalhes técnicos envolvidos tornaria difícil concluir um acordo abrangente no período de dois meses. Witkoff, por sua vez, reafirmou seu foco em alcançar um acordo completo, mas deixou espaço para reconsiderar a opção interina, caso mais tempo se mostrasse necessário.
O Presidente Trump vinculou as negociações a uma postura estratégica mais ampla, incluindo um aumento militar no Oriente Médio como contingência, caso a diplomacia falhe. Os EUA não descartaram a possibilidade de ação militar contra a infraestrutura nuclear do Irã, caso um acordo não possa ser alcançado.
Apesar dos desafios, um alto funcionário dos EUA descreveu as conversas em Roma como tendo “progresso muito bom”. Araghchi também mencionou em um comunicado separado que ambos os lados agora têm uma melhor compreensão dos princípios-chave, e ele acredita que há “uma chance de progresso”.
Após as discussões em Roma, ambas as nações concordaram em avançar para a próxima fase das negociações. Reuniões de nível técnico estão agendadas em Omã, onde os negociadores abordarão limitações específicas que os EUA buscam sobre as capacidades nucleares do Irã, especialmente o enriquecimento de urânio. Michael Anton, chefe de planejamento de políticas do Departamento de Estado, liderará a delegação dos EUA.
Witkoff também se reuniu em Washington com o Diretor-Geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, para discutir a situação.