iStock / Israel National News / Reprodução

O vice-diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão da ONU responsável por monitorar atividades nucleares, visitará o Irã nesta segunda-feira, 11 de agosto de 2025, em uma tentativa de melhorar as relações tensas entre a agência e o país. A confirmação veio do ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, no domingo.

Araghchi esclareceu que a visita não incluirá inspeções às instalações nucleares iranianas. Essa decisão ocorre após um conflito intenso de 12 dias entre Israel e Irã em junho de 2025, durante o qual diversos locais nucleares iranianos foram alvo de ataques.

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Após uma série de ataques aéreos de Israel e dos EUA em 3 de julho de 2025, que causaram danos severos às instalações nucleares mais críticas do Irã, o presidente Masoud Pezeshkian ordenou a suspensão da cooperação do país com a AIEA. Essa medida deve dificultar ainda mais a capacidade da agência de monitorar as atividades nucleares iranianas, que vinham se aproximando de níveis de enriquecimento de urânio para armas.

“Enquanto não chegarmos a um novo marco de cooperação, não haverá cooperação, e o novo marco será baseado na lei aprovada pelo Parlamento”, enfatizou Araghchi no domingo.

Em uma aparição na televisão na semana passada, Araghchi acrescentou que qualquer futura cooperação com a AIEA exigirá a aprovação do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã, a mais alta autoridade em questões de segurança nacional.

De acordo com o Israel National News, o governo iraniano alega que uma resolução aprovada pelo conselho da AIEA, que declarou o Irã em violação de suas obrigações de não proliferação, abriu caminho para os ataques de Israel e dos EUA.

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A resolução que censurou o Irã foi emitida após o mais recente relatório da AIEA sobre o programa nuclear iraniano, que revelou um aumento acentuado no estoque de urânio enriquecido a 60%, um nível significativamente mais próximo do material de grau de armas.

O Irã rejeitou o relatório da AIEA, alegando que ele foi baseado em “informações não confiáveis e enganosas” fornecidas à agência por Israel.

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