iStock / Israel National News / Reprodução

O Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã anunciou no último sábado, 20 de setembro de 2025, a suspensão de sua cooperação com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o órgão de vigilância nuclear das Nações Unidas. Essa medida veio em resposta a um voto no Conselho de Segurança da ONU que não conseguiu manter o levantamento das sanções internacionais contra Teerã.

A declaração ocorreu após uma reunião presidida pelo presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, e representa uma reação direta ao que o conselho descreveu como ações “mal consideradas” da França, da Grã-Bretanha e da Alemanha.

Esses três países europeus, conhecidos como E3, ativaram no mês passado o mecanismo de “snapback” do acordo nuclear de 2015, o Plano de Ação Conjunto Abrangente (JCPOA), que permite a reimposição de sanções da ONU.

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Na sexta-feira, 19 de setembro de 2025, o Conselho de Segurança da ONU não aprovou uma resolução para impedir a reimposição de sanções ao programa nuclear do Irã. A resolução, que precisava do apoio de nove nações para ser aprovada, obteve apenas quatro votos.

De acordo com o Israel National News, a declaração do Conselho Supremo de Segurança Nacional detalhou a decisão de suspender “efetivamente” a cooperação com a AIEA, apesar das alegações de Teerã de ter mantido uma cooperação contínua e proposto soluções para a questão nuclear. O conselho instruiu o Ministério das Relações Exteriores do Irã a prosseguir com consultas diplomáticas para proteger os interesses nacionais do país, alinhadas à nova diretiva.

Alguns oficiais iranianos ameaçaram anteriormente retirar o país do Tratado de Não Proliferação Nuclear se o mecanismo de “snapback” for imposto, seguindo o exemplo da Coreia do Norte, que abandonou o tratado em 2003 e posteriormente desenvolveu armas atômicas.

Nas últimas semanas, houve uma diplomacia intensificada entre o Irã e os países europeus, mas sem uma resolução até o momento, o que torna as sanções prováveis.

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