ISTOCK / Israel National News / Reprodução

O Conselho Irlandês pelas Liberdades Civis pediu ao governo da Irlanda que inicie uma investigação formal contra a Microsoft, alegando que a gigante de tecnologia auxiliou Israel durante a guerra em Gaza.

A queixa foi apresentada à Comissão de Proteção de Dados da Irlanda (DPC), o órgão europeu legalmente responsável por supervisionar todo o processamento de dados realizado na União Europeia.

A demanda por investigação surge após um relatório de agosto, publicado pelo The Guardian e pelo site 972+, que alegou que a Microsoft armazenou milhares de chamadas telefônicas feitas por árabes palestinos em sua plataforma de nuvem, ajudando assim Israel a processar dados “ilegais” e espionar as comunicações de árabes palestinos.

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De acordo com o Israel National News, documentos vazados indicaram que a Unidade 8200 das Forças de Defesa de Israel cooperou com a Microsoft para armazenar esses dados de chamadas telefônicas na infraestrutura de nuvem da empresa.

Joe O’Brien, diretor executivo do Conselho Irlandês pelas Liberdades Civis, declarou: A tecnologia da Microsoft colocou milhões de palestinos em risco. O processamento de dados facilitou crimes de guerra, crimes contra a humanidade e genocídio pelo exército israelense. Essas não são falhas abstratas de proteção de dados – são violações que possibilitaram violência no mundo real. Quando a infraestrutura da UE é usada para permitir vigilância e ataques, a Comissão de Proteção de Dados da Irlanda deve intervir e usar toda a sua autoridade para responsabilizar a Microsoft.

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