Em 2025, Israel continua a bombardear o programa de armas nucleares do Irã, lembrando ao mundo mais uma vez que, há quase meio século, é Israel, e não os EUA ou a OTAN, quem tem sido o melhor executor da não-proliferação nuclear global. A Terra deve um débito a Israel, um débito que começou a ser acumulado há 45 anos. O ataque desta semana ao programa de armas nucleares da República Islâmica do Irã é a quarta vez na história que Israel avança a causa da paz mundial ao realizar o trabalho sujo da humanidade.
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O serviço de Israel nesse sentido começou em 1981. No Iraque, Saddam Hussein, o brutal ditador, estava completando a construção do reator nuclear de água leve Osirak Tammuz-1, no Centro de Pesquisa Nuclear Al-Tuwaitha, perto de Bagdá. O reator, construído com a ajuda dos franceses, foi projetado para produzir plutônio. Em 7 de junho de 1981, o então primeiro-ministro de Israel, Menachem Begin, lançou a Operação Ópera. A Força Aérea Israelense enviou oito F-16s escoltados por seis F-15s em um ataque de precisão de longo alcance. Israel destruiu o reator antes que ele se tornasse operacional. A explosão matou 10 soldados iraquianos e um técnico nuclear francês, encerrando o caminho do Iraque para uma bomba de plutônio. Nenhum piloto israelense foi abatido ou ferido.
Conforme relatado por Israel National News, no campo das relações internacionais e da estratégia militar, a Operação Ópera marcou o início da “Doutrina Begin”. Esta foi uma extensão do princípio tradicional de autodefesa preemptiva. A doutrina afirma que, na era da proliferação nuclear, uma nação deve usar força militar preemptiva para impedir que um estado hostil adquira armas de destruição em massa (ADMs).
Na Líbia, Israel também merece grande parte do crédito pela aplicação seguinte da Doutrina Begin. A inteligência, previsão e planejamento israelenses levaram ao desmantelamento do programa nuclear líbio de Muammar Gaddafi em 2003, sem disparar um único tiro. Desde o início dos anos 1990, Israel começou a monitorar as tentativas de Gaddafi de construir uma bomba de urânio. Com a ajuda do cientista nuclear paquistanês renegado, A.Q. Khan, o dispositivo proposto pela Líbia era um espelho de 25 quilotons da primeira arma do Paquistão.