Desde outubro de 2024, Israel avaliou seriamente a possibilidade de atacar o programa nuclear do Irã em várias ocasiões, conforme revelado pelo Jerusalem Post na quinta-feira, após um relatório do New York Times. Na manhã de quinta-feira, o New York Times informou sobre a esperança de Israel de atacar o programa nuclear do Irã em maio, com apoio direto dos EUA. No entanto, o Post entende que logo após o ataque da República Islâmica com cerca de 200 mísseis balísticos contra Israel em 1º de outubro, e após o sucesso das forças especiais Shaldag contra uma instalação clandestina subterrânea na Síria em 8 de setembro, Jerusalém considerou seriamente eliminar o programa nuclear de Teerã naquele momento. Na época, o então candidato presidencial Donald Trump chegou a pedir que Israel eliminasse o programa nuclear do Irã. Diversos altos funcionários israelenses estavam teoricamente abertos à ideia, e a força aérea estava mais confiante do que nunca de que poderia realizar tal operação, após um ataque bem-sucedido contra o Irã em abril de 2024 e ataques bem-sucedidos contra o Iêmen, que está ainda mais distante de Israel do que a República Islâmica. No entanto, altos funcionários israelenses não estavam dispostos a realizar tal operação sem a aprovação dos EUA, incluindo a proteção americana contra uma possível retaliação ainda maior com mísseis balísticos pelo Líder Supremo do Irã, Ayatollah Ali Khamenei. Dada a oposição da administração Biden, Israel optou por eliminar as defesas aéreas S-300 do Irã e grande parte de suas capacidades de produção de mísseis balísticos. A operação da força aérea foi tão bem-sucedida e eliminou tão completamente as defesas aéreas avançadas do Irã, que, juntamente com o sucesso da operação terrestre na Síria, alguns altos funcionários israelenses passaram a acreditar que eliminar as instalações nucleares do Irã era possível no melhor cenário, mas com muitas incertezas, para a ideia de que era viável com alta confiança. No entanto, mais uma vez, os funcionários de Biden colocaram um sinal de pare, e os funcionários israelenses decidiram que, dada a vitória eleitoral de Trump, eles iriam aguardar a nova administração antes de tomar qualquer ação.

Jpost / Reprodução