Em 25 de setembro de 2023, Israel e Síria devem assinar um acordo de segurança sob os auspícios dos EUA, conforme relatado pelo jornal saudita Independent Arabia na manhã de sexta-feira, citando “fontes sêniores sírias”. A assinatura do acordo está programada para ocorrer um dia após o presidente da Síria, Ahmed al-Sharaa, fazer seu primeiro discurso na Assembleia Geral da ONU.
De acordo com as fontes, o acordo será um arranjo de segurança voltado para a redução de tensões entre Jerusalém e Damasco. No entanto, um acordo de paz abrangente entre os dois países não é esperado “num futuro próximo”.
Como informado pelo Israel National News, a Sky News Arabia também reportou, citando suas fontes, que os EUA estão trabalhando para facilitar uma reunião no próximo mês entre o presidente al-Sharaa e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, com a participação esperada do presidente dos EUA, Donald Trump. O relatório observou que a recente nomeação de um novo representante sírio na ONU, com autoridade de negociação, foi feita “neste contexto”.
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A Sky News Arabia também reportou avanços nas conversas realizadas esta semana em Paris entre o ministro de Assuntos Estratégicos de Israel, Ron Dermer, e o ministro das Relações Exteriores da Síria, Asaad al-Shibani. No entanto, o principal ponto de discórdia continua sendo o desejo de Israel de manter uma presença do IDF em vários locais estratégicos na Síria, incluindo a estação de radar no Hermon sírio e Tel al-Hara na província de Quneitra.
Os relatórios ainda não foram oficialmente confirmados por Israel ou Síria.
A agência de notícias oficial da Síria reportou na noite de terça-feira que al-Shaibani realizou uma reunião em Paris com uma delegação israelense, embora não tenha mencionado que Dermer liderava a delegação israelense.
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Segundo o relatório, as conversas foram mediadas pelos Estados Unidos e centraram-se em medidas para fortalecer a estabilidade no sul da Síria e na região mais ampla.
As discussões abordaram vários temas-chave: desescalada ao longo da fronteira, adesão ao princípio de não interferência nos assuntos internos da Síria, estabilidade regional, monitoramento do cessar-fogo na área da Montanha Druza e a renovação do acordo de desengajamento de 1974.
O relatório sírio enfatizou que esses contatos fazem parte de uma iniciativa diplomática internacional mais ampla, visando salvaguardar a segurança e a integridade territorial da Síria.
O relatório foi altamente incomum, marcando a primeira vez em mais de 25 anos que um meio de comunicação oficial sírio reconheceu contato direto entre o governo sírio e Israel.