Em uma análise publicada pelo The Telegraph, o colunista Jake Wallis Simons destaca que o ataque de Israel contra líderes do Hamas no Catar marca o início de uma nova era de dissuasão. A operação, que ocorreu no 50º aniversário da Guerra do Yom Kippur e quase dois anos após o massacre de 7 de outubro de 2023, enviou uma mensagem clara: “Se você está determinado a matar judeus, nenhum lugar é seguro”, escreveu Simons.
De acordo com informações de Israel National News, relatórios árabes não confirmados sugeriram que Khaled Meshaal, ex-líder do Hamas, pode ter sido um dos alvos. Simons lembrou que Meshaal foi confrontado em um programa de televisão saudita após os eventos de 7 de outubro, onde foi questionado se o Hamas se desculparia pelo que foi feito aos civis israelenses. As respostas evasivas de Meshaal, segundo Simons, pouco fizeram para ganhar apoio.
O colunista também observou que líderes do Golfo Pérsico podem reagir com “indignação performática”, mas poucos lamentarão a morte de líderes do Hamas ou o papel do Catar em abrigá-los. Ele acrescentou que anos de propaganda qatari deixaram a opinião pública árabe “profundamente contaminada”.
O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, condenou o ataque como uma violação da soberania do Catar. No entanto, ao contrário de operações secretas anteriores, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, assumiu “total responsabilidade” pelo ataque. Simons argumenta que isso reflete uma nova confiança israelense na dissuasão e no apoio de Washington sob a presidência de Donald Trump nos EUA.
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Para concluir, Simons invocou uma observação de Golda Meir, feita em 1969: “Nós sempre dissemos que, em nossa guerra com os árabes, tínhamos uma arma secreta. Não havia alternativa.