Israel National News / Reprodução

Em um episódio recente de seu podcast, o jornalista americano Dan Senor recebeu o Ministro de Israel, Ron Dermer, para discutir a situação do conflito com o Hamas. A conversa girou em torno da questão de por que Israel não pode simplesmente interromper os combates e retomar a luta contra o grupo terrorista mais tarde, considerando que o Hamas provavelmente violaria qualquer acordo de cessar-fogo.

Senor mencionou que muitos defendem que Israel deveria encerrar a guerra, resgatar todos os reféns e declarar o fim do conflito. Ele argumentou que, após um cessar-fogo, o Hamas violaria o acordo, dando a Israel a oportunidade de voltar e eliminar o grupo de uma vez por todas.

Dermer, no entanto, descreveu uma realidade mais complexa e desafiadora para Israel. Ele questionou qual seria a oportunidade que Israel teria se o Hamas violasse o acordo. Quando Senor sugeriu que o Hamas poderia lançar foguetes contra Israel, Dermer respondeu que, mesmo que o Hamas não lançasse foguetes, eles poderiam usar a ausência de tropas israelenses em Gaza para se rearmar, já que essa é uma das exigências do grupo para encerrar a guerra.

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De acordo com informações de Israel National News, Dermer questionou se Israel mobilizaria todas as reservas para combater o Hamas por causa de um contrabando detectado, e se a comunidade internacional aceitaria tal ação. Ele lembrou a resposta internacional ao ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, o maior massacre de judeus desde o Holocausto, quando 1.200 judeus foram assassinados, pessoas foram decapitadas, bebês foram queimados e mulheres foram estupradas. Dermer questionou onde estava a comunidade internacional após o ataque, quando os reféns ainda estavam em cativeiro, e quanto tempo durou o apoio a Israel. Ele argumentou que, se Israel retirasse suas tropas e o Hamas cometesse uma violação menor, a comunidade internacional não aceitaria que Israel voltasse a atacar.

Dermer concluiu perguntando a Senor se faria sentido perder mais 200 ou 400 soldados em uma nova ofensiva. Ele enfatizou que essas são decisões que um Primeiro-Ministro precisa tomar.

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