Thiagoavilabrasil/ Wikimedia Commons

Na segunda-feira, 9 de junho de 2025, o influenciador brasileiro Thiago Ávila, de Brasília, foi detido por forças navais israelenses junto com outros 11 ativistas a bordo da embarcação Madleen, que tentava romper o bloqueio marítimo à Faixa de Gaza sob a alegação de transportar ajuda humanitária. Uma corte israelense determinou sua deportação dentro de 72 horas e o proibiu de retornar a Israel por 100 anos, conforme informado pelo advogado da família de Ávila.

O barco, apelidado de “iate de selfies” por autoridades israelenses, partiu da Sicília, Itália, no domingo, 8 de junho, desafiando avisos contra a navegação não autorizada na zona marítima de Gaza, que Israel mantém sob bloqueio naval, considerado legal sob o direito internacional. O Ministério das Relações Exteriores de Israel afirmou no X que a carga do Madleen era insuficiente para encher um caminhão, classificando a ação como uma “manobra midiática”. Segundo Israel, mais de 1.200 caminhões de ajuda humanitária entraram em Gaza nas últimas duas semanas, e a Fundação Humanitária de Gaza distribuiu cerca de 11 milhões de refeições aos civis.

Israel destacou que a zona marítima de Gaza é uma área de conflito ativo, usada anteriormente pelo Hamas para ataques, incluindo o massacre de 7 de outubro de 2023, e que violações do bloqueio são “perigosas, ilegais e prejudicam esforços humanitários”. A Coalizão da Flotilha da Liberdade, organizadora da missão, foi instada a usar canais legítimos para ajuda humanitária.

Segundo a revista O Antagonista, Thiago Ávila, ex-candidato a deputado federal pelo Psol, recusou-se a assinar o documento de deportação e permanece em um centro de detenção em Israel, aguardando deportação iminente. Conhecido por seu ativismo pró-Palestina, Ávila tem laços com o Irã, tendo participado de eventos no país e no Brasil em apoio à causa palestina. Ele também esteve em Beirute para o funeral do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, grupo financiado pelo Irã, e recebeu uma homenagem da Embaixada do Irã no Brasil por sua “solidariedade” à Palestina, conforme publicou nas redes sociais.

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