O empresário Joesley Batista, proprietário da JBS, chegou a Caracas no final de novembro de 2025 com uma tarefa fora do comum: persuadir o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, a renunciar ao poder. O objetivo era promover uma transição pacífica no país sul-americano.
A reunião entre Batista e Maduro aconteceu em 23 de novembro de 2025. Poucos dias antes, o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, havia ligado diretamente para Maduro com o mesmo pedido. Embora Batista tenha se voluntariado para servir como intermediário, a Casa Branca não o nomeou oficialmente como representante.
O encontro se deu em um período tenso. Os Estados Unidos já haviam rotulado o Cartel de los Soles como uma organização terrorista. Além disso, autoridades americanas estavam preparando operações militares contra navios envolvidos no narcotráfico nas regiões do Caribe e do Pacífico.
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No entanto, o governo da Venezuela nega qualquer ligação com o tráfico internacional de drogas. Maduro acusa o governo dos EUA de tentar derrubar o regime chavista e assumir o controle das reservas de petróleo venezuelanas.
De acordo com o Revista Oeste, a JBS, por intermédio da Pilgrim’s Pride Corp, contribuiu com US$ 5 milhões para o comitê de posse de Donald Trump. Essa foi a maior doação individual registrada naquele ciclo eleitoral.
Ao mesmo tempo, a JBS buscava expandir sua presença no mercado dos EUA. A empresa recebeu aprovação da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos para listar ações na bolsa de Nova York. Ainda em 2025, Batista se reuniu com Trump para defender a eliminação das tarifas sobre a carne bovina.
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O elo com a Venezuela também remete ao passado. Durante a crise de escassez de alimentos no país, a JBS fechou um contrato bilionário com o regime chavista. O acordo envolvia o fornecimento de carne bovina e frango no valor de US$ 2,1 bilhões — uma das maiores negociações comerciais já realizadas entre os dois países.









