O Ministério das Relações Exteriores da Jordânia emitiu na terça-feira uma condenação dura às declarações do ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, que rejeita a criação de um Estado palestino, além do anúncio de um plano do governo israelense para expandir e construir novas comunidades em Judeia e Samaria.
No comunicado, o ministério qualificou os planos de assentamentos como uma violação flagrante do direito internacional e do direito humanitário internacional, afirmando que essas ações minam o que considera o direito do povo palestino à autodeterminação e à criação de um Estado independente e soberano nas linhas de 4 de junho de 1967, com Jerusalém Oriental como capital. O ministério declarou que Israel não possui soberania sobre os territórios capturados em 1967.
O porta-voz do ministério, o embaixador Fouad al-Majali, afirmou que a Jordânia rejeita e condena veementemente as políticas contínuas de assentamentos do governo israelense em Judeia e Samaria, bem como as declarações de autoridades israelenses que Amã vê como consolidação do que chama de ocupação e expansão de assentamentos.
De acordo com o Israel National News, ele citou a Resolução 2334 do Conselho de Segurança da ONU, que critica as medidas israelenses que alteram o caráter demográfico ou territorial das terras capturadas em 1967, incluindo Jerusalém Oriental, e mencionou uma opinião consultiva da Corte Internacional de Justiça sobre a legalidade do controle e da construção de assentamentos por Israel.
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Majali apelou à comunidade internacional para que assuma o que descreveu como suas responsabilidades legais e morais, pressionando Israel a interromper o que qualificou como ações unilaterais perigosas na região. Ele afirmou que os esforços internacionais devem garantir os direitos palestinos, incluindo a criação de um Estado independente, o que argumentou ser essencial para alcançar o que a Jordânia considera uma paz justa e abrangente, além da estabilidade regional.
