Hoje, 2 de setembro de 2025, a 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) começa a julgar o ex-presidente Jair Bolsonaro do Brasil e outros sete réus acusados de tentativa de golpe de Estado. A sessão da Ação Penal 2.668 (AP 2668) está prevista para iniciar às 9h e será transmitida ao vivo pelo tribunal.
O julgamento poderá se estender até o dia 12 de setembro, razão pela qual o STF reservou sessões também para os dias 3, 9, 10 e 12 de setembro.
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De acordo com informações de Revista Oeste, Bolsonaro e os demais réus enfrentam acusações da Procuradoria Geral da República (PGR) por tentativa de abolição do Estado democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Caso seja condenado por todas as acusações, Bolsonaro poderá ser sentenciado a uma pena de 43 anos de prisão, dos quais pelo menos 12 anos deverão ser cumpridos em regime fechado.
Bolsonaro decidiu não comparecer ao julgamento no STF. Recursos contra eventuais condenações serão julgados pelo próprio STF, e, uma vez esgotadas todas as possibilidades de reversão da decisão, o trânsito em julgado será decretado, iniciando-se o cumprimento da pena. Atualmente, Bolsonaro encontra-se em prisão cautelar, em sua residência.
O relator do processo contra Bolsonaro é o ministro Alexandre de Moraes. Os outros membros da 1ª Turma são os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Luiz Fux e Cármen Lúcia. Bolsonaro será representado por uma equipe de nove advogados, incluindo Celso Villardi, Paulo Cunha Bueno e Daniel Tesser, que fazem parte das bancas responsáveis por sua defesa.
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A sessão será aberta pelo presidente da 1ª Turma, Cristiano Zanin, e, em seguida, o relator Alexandre de Moraes fará a leitura do relatório, apresentando um resumo das investigações e das alegações finais da PGR e dos réus.
Após a leitura, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, fará a sustentação oral, com um tempo máximo de duas horas. Posteriormente, cada réu terá uma hora para a sustentação oral de sua defesa.
Após as manifestações, o relator proferirá seu voto. Em seguida, os demais ministros da turma votarão na seguinte ordem: Dino, Fux, Cármen e, por fim, Zanin. Para condenar ou absolver os réus, são necessários três votos entre os cinco ministros.