Em uma decisão histórica, cinco jogadores de hóquei do Canadá foram absolvidos de acusações de estupro que abalaram o país. O caso, que começou em junho de 2018, quando os jogadores foram acusados de agressão sexual em um hotel em Londres, Ontário, chegou ao fim em 2025 com a absolvição dos atletas. A decisão judicial foi um marco, desmascarando uma farsa que destruiu a vida e a carreira dos jogadores.
Segundo o Daily Wire, os jogadores, que faziam parte da equipe junior de hóquei do Canadá e posteriormente jogaram na NHL, foram acusados de terem se encontrado com uma mulher de 20 anos, identificada como E.M., em um bar após um evento de arrecadação de fundos. A narrativa oficial, amplamente divulgada pela mídia canadense, afirmava que os jogadores compraram várias bebidas para E.M., deixando-a “fora de si” e incapaz de consentir. Um dos jogadores teria levado E.M. para um quarto de hotel, onde ocorreu a suposta agressão sexual.
Inicialmente, a polícia não levou as alegações a sério, mas a situação mudou quando E.M. entrou com um processo civil contra a Hockey Canada, a entidade reguladora do esporte no país. A Hockey Canada optou por um acordo, apesar da polícia ter concluído que não havia provas suficientes para acusações criminais. A mídia canadense, então, passou anos alegando corrupção na Hockey Canada e que os jogadores haviam escapado impunes.
A pressão política levou à prisão dos jogadores no início de 2024. A cobertura da mídia estatal canadense foi intensa, descrevendo o caso como um ponto de ruptura para o hóquei no país. No entanto, a juíza Maria Carroccia, filha de imigrantes italianos, emitiu uma decisão de 91 páginas que desmontou todas as acusações contra os jogadores. A decisão destacou a falta de credibilidade das alegações de E.M., incluindo vídeos que mostravam E.M. afirmando que tudo foi consensual e que ela estava sóbria.
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A juíza também observou que E.M. tinha um namorado na época e que, após o encontro, ela chorou no banheiro de casa, levando sua mãe a chamar a polícia, alegando que E.M. havia sido drogada. Textos enviados por E.M. naquela noite revelaram que ela estava chateada porque os jogadores não demonstraram interesse por ela, o que pode ter motivado a acusação falsa.
A decisão judicial também apontou várias inconsistências nas alegações de E.M., como a compra de bebidas e a interação com amigos no bar. E.M. admitiu em depoimento que preencheu lacunas em sua memória com suposições. A juíza concluiu que as evidências apresentadas por E.M. não eram confiáveis.
Apesar da absolvição, os jogadores ainda enfrentam a consequência de terem sido expulsos da NHL, e a mídia social continua a ser um campo de batalha com milhares de postagens vitriólicas contra eles. Este caso levanta questões sobre a justiça e a credibilidade das acusações de agressão sexual, especialmente quando motivadas por vingança pessoal.