Na terça-feira, 17 de junho de 2025, a Justiça do estado da Flórida, nos Estados Unidos, notificou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, a pedido da Trump Media & Technology Group (TMTG), empresa do presidente americano Donald Trump, e da plataforma de vídeos Rumble. As companhias acusam Moraes de praticar censura por meio de ordens judiciais que teriam restringido conteúdos na Rumble, impactando também os negócios da TMTG.
Uma tentativa anterior de notificação, em março, não foi bem-sucedida. Agora, Moraes tem 21 dias para apresentar defesa formal ou contestar o processo, conforme a legislação federal dos EUA. Caso não responda, a Corte poderá declará-lo em revelia, prosseguindo com base apenas nas alegações das empresas.
Em 6 de junho, a TMTG e a Rumble incluíram no processo um pedido de indenização, alegando prejuízos à reputação, queda de receitas e perda de oportunidades comerciais. As empresas argumentam que as decisões de Moraes, como a remoção de contas de influenciadores de direita, violam a Primeira Emenda da Constituição americana, que garante a liberdade de expressão. No aditamento, citaram o inquérito contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), aberto a pedido da Procuradoria-Geral da República por suposta pressão por sanções internacionais contra o Brasil, visando influenciar o STF.
As companhias sustentam que as ordens de Moraes não têm validade nos EUA por contrariarem a legislação local. O STF foi procurado para comentar o caso, mas Moraes não se manifestou, segundo a Revista Oeste.