A Justiça Federal em Brasília aceitou prosseguir com uma ação popular que contesta a legalidade das viagens internacionais da primeira-dama Janja da Silva, financiadas com recursos públicos. Iniciada pelo vereador Guilherme Kilter (Novo) e pelo advogado Jeffrey Chiquini, a ação questiona os gastos em deslocamentos de Janja, que não ocupa cargo público formal, mas acompanhou agendas oficiais no exterior custeadas pelo governo. A informação foi publicada pelo jornal O Globo.
O processo detalha despesas com passagens aéreas, hospedagens e uso de aeronaves da Força Aérea Brasileira em viagens a Nova York (março de 2024), Roma (fevereiro e abril de 2025), Paris (março de 2025) e, mais recentemente, Moscou e São Petersburgo (maio de 2025). Segundo os autores, essas viagens carecem de embasamento legal, configurando desvio de finalidade e má gestão de recursos públicos, já que decretos presidenciais não substituem critérios legais para justificar tais despesas.
De acordo com a Revista Oeste, Kilter e Chiquini argumentam que não há objetivos claros de interesse público que sustentem a participação de Janja em compromissos internacionais. A ação solicita que a Justiça responsabilize o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por autorizar os gastos e avalie a possibilidade de ressarcimento ao Erário. A tramitação ocorre no Distrito Federal, e a Justiça deve requisitar, nos próximos dias, manifestações da Advocacia-Geral da União (AGU) e da Procuradoria-Geral da República (PGR).