Senado Federal from Brasilia, Brazil/Wikimedia Commons.

Na terça-feira, 29 de abril de 2025, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, compareceu à Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados para esclarecer sua declaração de que “a polícia prende mal”, que gerou forte repercussão negativa. Ele afirmou que a frase, mal interpretada, referia-se a problemas nas audiências de custódia, especialmente pela falta de informações completas sobre os antecedentes dos presos apresentados ao Judiciário. “Os juízes são pais, mães, avós, e jamais liberariam presos de alta periculosidade”, explicou Lewandowski, defendendo a atuação judicial.

A declaração inicial provocou reações imediatas de parlamentares e entidades policiais, incluindo uma nota de repúdio da associação dos delegados da Polícia Federal. Convocado à comissão devido à controvérsia, o ministro tentou minimizar o impacto, mas sua saída abrupta da audiência, às 12h36, para participar de um almoço com a Frente Parlamentar do Empreendedorismo, gerou críticas. O deputado Alberto Fraga (PL-DF) questionou a prioridade: “A Frente da Segurança Pública nunca foi convidada para eventos com o ministério. Isso é estranho.”

Embora tivesse se comprometido a permanecer na comissão por tempo integral, Lewandowski agendou seu retorno para as 14h. Parlamentares da oposição, preocupados com a possibilidade de esvaziamento do debate, cogitaram transformar o convite em convocação formal. Um requerimento nesse sentido, apresentado pelo deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO) e apoiado por outros sete deputados, está em discussão.

A sessão também foi marcada por um embate entre os deputados Gilvan da Federal (PL-ES) e Lindbergh Farias (PT-RJ). Após ser chamado de “desqualificado” por Farias, Gilvan reagiu, e foi necessária a intervenção de outros parlamentares para acalmar os ânimos, de acordo com a Revista Oeste.

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