Marcos Roberto de Almeida, conhecido como Tuta e apontado como sucessor de Marcola na liderança do Primeiro Comando da Capital (PCC), foi transferido no domingo, 18 de maio de 2025, para a Penitenciária Federal de Brasília após cinco anos foragido. A captura ocorreu na sexta-feira, 16 de maio, na Bolívia, onde Tuta tentou renovar um documento de identidade falso, apresentando-se como Maycon Gonçalves da Silva, segundo a Polícia Federal (PF).
Agentes da Fuerza Especial de Lucha contra el Crimen da Bolívia identificaram Tuta ao consultar o sistema internacional, que indicava um alerta da Interpol na Lista de Difusão Vermelha desde 2020, por crimes como organização criminosa, lavagem de dinheiro e tráfico de drogas. No Brasil, ele já havia sido condenado a duas penas, totalizando 12 anos e seis meses de prisão.
Segundo a Revista Oeste, a operação de traslado envolveu 50 agentes da PF, incluindo 12 do Comando de Operações Táticas (COT), com apoio de três viaturas da PF, 20 do 8º Batalhão da Polícia Militar, e um helicóptero Águia. A entrega de Tuta às autoridades brasileiras ocorreu em Corumbá (MS), na fronteira com a Bolívia, seguida de transporte aéreo até Brasília, escoltado por 18 policiais penais federais, com suporte das Polícias Militar e Civil do Distrito Federal. A ação foi coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, em conjunto com o Ministério das Relações Exteriores.
Embora a Penitenciária II de Presidente Venceslau (SP), que abriga líderes do PCC, tenha sido considerada, a escolha pelo presídio federal em Brasília, onde Marcola também está detido, foi motivada por questões de segurança. O promotor Lincoln Gakiya, especialista em investigações sobre o PCC, explicou que Tuta, integrante da sintonia primária, foi indicado por Marcola para assumir a liderança da facção após a prisão deste. “Em liberdade, Tuta alcançou o status de novo Marcola”, afirmou Gakiya.