A Associação Judaica Europeia (EJA) iniciou uma campanha urgente e coordenada para defender o Brit Milah, a circuncisão religiosa judaica de bebês, em resposta a preocupantes ações policiais e processos pendentes contra Mohalim registrados em Antuérpia, Bélgica.
Em uma carta formal enviada hoje à Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, mais de 50 proeminentes líderes judeus e rabinos de toda a Europa condenaram as ações policiais de 14 de maio, que incluíram invasões às casas de Mohalim, a confiscação de instrumentos religiosos e a exigência de um registro de bebês circuncidados. A carta adverte que tais ações constituem uma violação direta da liberdade religiosa e evocam “alguns dos capítulos mais sombrios da história europeia”.
Acompanhando a carta, há uma Carta Aberta convincente de mais de 20 destacados profissionais médicos da Europa, América do Norte e Israel, incluindo endossos da Aliança Global de Saúde Judaica (GJHA) e da Associação Médica Judaica Americana (AJMA). Segundo o Israel National News, esses especialistas atestam a segurança, o treinamento e os benefícios à saúde da circuncisão quando realizada por Mohalim judeus certificados, rejeitando qualquer tentativa de estigmatizar ou criminalizar a prática. Os médicos signatários citam evidências extensas que confirmam que a circuncisão reduz significativamente os riscos de infecções do trato urinário, câncer peniano e infecções sexualmente transmissíveis, como o HIV. Enfatiza-se que os Mohalim judeus são rigorosamente treinados e proficientes em medicina, realizando o procedimento de forma segura e com o máximo cuidado.
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O Rabino Menachem Margolin, Presidente da EJA, declarou: “Não podemos e não ficaremos parados enquanto nossa fé é colocada à prova. A circuncisão é um mandamento sagrado, praticado de forma segura por milhares de anos pelo povo judeu. Tentativas de criminalizar este rito não apenas ameaçam a vida judaica — elas desafiam os valores fundadores da Europa de liberdade religiosa e dignidade humana. Conclamamos a Comissão Europeia a agir rapidamente e de forma decisiva”.
A EJA enfatiza que a continuidade da ação legal contra o Brit Milah equivaleria a uma proibição de fato da vida judaica na Bélgica e em qualquer país que adotasse políticas semelhantes — contradizendo o objetivo declarado da Comissão Europeia de proteger e fomentar a vida judaica dentro da União Europeia. A Associação pede à Presidente von der Leyen que reafirme publicamente o compromisso da UE com a liberdade religiosa, condene as ações na Bélgica e se envolva diretamente com as autoridades belgas para prevenir a perseguição adicional da prática religiosa judaica.