Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Na terça-feira, 3 de junho de 2025, o líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias, encaminhou à Procuradoria-Geral da República (PGR) um pedido formal para que o Supremo Tribunal Federal (STF) determine o uso de tornozeleira eletrônica pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A solicitação inclui medidas restritivas, como a proibição de acesso a embaixadas, aeroportos, consulados, portos, rodoviárias, fronteiras e organismos internacionais, além de vetar contatos com testemunhas ou investigados no inquérito sobre o suposto golpe de Estado.

Lindbergh justificou o pedido alegando que Bolsonaro, após ser denunciado, tem adotado “posturas públicas e privadas que indicam risco concreto à instrução criminal, à aplicação da lei penal e à ordem pública”. Ele comparou o caso à situação da deputada Carla Zambelli, que deixou o Brasil e declarou não pretender retornar, e mencionou Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, que está nos EUA buscando apoio do governo de Donald Trump para pressionar o ministro Alexandre de Moraes, do STF. O parlamentar também destacou que Bolsonaro admitiu financiar a estadia de Eduardo nos EUA por meio de doações via Pix.

O documento enfatiza a necessidade de impedir o acesso de Bolsonaro a “locais sensíveis” que poderiam ser usados para uma tentativa de fuga ou para articular ações contra instituições brasileiras. Lindbergh argumentou que há precedentes de uso de embaixadas e aeroportos para frustrar investigações criminais, justificando a restrição de circulação do ex-presidente ao Distrito Federal sem autorização judicial. A solicitação reforça a preocupação com a “periculosidade processual” de Bolsonaro, apontando sua ligação com Zambelli e Eduardo como agravante, segundo a Revista Oeste.

Icone Tag