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Na quarta-feira, 11 de junho de 2025, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) expressou solidariedade à ex-presidente argentina Cristina Kirchner, após a Suprema Corte da Argentina confirmar sua condenação a seis anos de prisão por corrupção. Lula telefonou para Kirchner, líder peronista, e, em suas redes sociais, elogiou sua “serenidade e determinação” diante do que descreveu como um momento desafiador. Ele incentivou Kirchner a permanecer resiliente, mesmo enfrentando a possibilidade iminente de prisão e a inelegibilidade, que a impede de concorrer a cargos públicos.

A decisão judicial, ratificada na terça-feira, 10 de junho, refere-se a fraudes em obras públicas durante o governo de Kirchner, com contratos superfaturados e licitações fraudulentas na província de Santa Cruz, um bastião do kirchnerismo. O processo aponta desvios milionários e a participação direta da ex-presidente, que alega ser vítima de perseguição política.

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, presidente do PT e aliada de Kirchner, também criticou a sentença. Em postagem no mesmo dia, ela classificou a decisão como uma ameaça à liberdade política na Argentina e expressou apoio à ex-presidente e ao Partido Justicialista, liderado por Kirchner. Gleisi reforçou a narrativa de que o caso reflete uma perseguição institucional contra lideranças progressistas.

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ), também se pronunciou, qualificando a condenação como um exemplo de lawfare, termo usado por críticos para denunciar o uso político do sistema judicial. Enquanto a defesa de Kirchner trabalha para reverter a decisão, seus aliados sustentam que a sentença é uma retaliação por sua trajetória política de esquerda, conforme a Revista Oeste.

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