Há 4.000 dias, em 1º de agosto de 2014, o soldado israelense Hadar Goldin, de apenas 23 anos e promissor artista, foi emboscado e morto por terroristas do Hamas durante uma trégua mediada pelos EUA em Gaza. Desde então, os restos mortais de Goldin não foram devolvidos.
Para sua mãe, Leah Goldin, cada dia que passa intensifica a urgência de trazer seu filho de volta. Em uma entrevista abrangente que marcou este trágico marco, ela agradeceu ao ex-presidente dos EUA, Donald Trump, e seus conselheiros pelos esforços até agora e pediu que assegurassem que nenhum acordo de cessar-fogo, normalização ou acordo regional avançasse sem o retorno de seu filho.
PUBLICIDADE
Segundo o Fox News, Leah Goldin afirmou: “Estamos recorrendo e esperando que o presidente Trump e sua equipe — que entendem esta questão — reconheçam que a verdadeira vitória sobre o Irã é trazer todos para casa imediatamente e incondicionalmente. Hadar é um símbolo, e os sauditas devem fazer essa exigência de sua parte, pois não se pode falar de normalização enquanto continuamos em um estado de anormalidade.
Hadar Goldin nasceu em uma família proeminente de educadores e foi criado com valores de fé, serviço e compaixão. Conhecido por seu caráter gentil, inteligência aguçada e profundo talento artístico, ele havia acabado de ficar noivo. Em seu tempo livre, desenhava retratos, escrevia poesias e ensinava crianças com deficiências.
Ele servia na elite Brigada Givati quando, durante a Operação Protective Edge, o Hamas violou uma trégua — acordada horas antes com mediação dos EUA e da ONU — lançando um ataque surpresa. Hadar foi morto e arrastado para um túnel dentro de Gaza.
PUBLICIDADE
Para sua mãe, aquele momento não só despedaçou o mundo de sua família, mas também o que ela chama de “o código sagrado do exército israelense”. “O ethos do IDF é nunca deixar um soldado para trás”, disse ela. “Mas em 28 de agosto de 2014, Israel assinou um cessar-fogo com o Hamas sem exigir o retorno de Hadar. Isso quebrou algo fundamental.
Nos últimos anos, Leah Goldin se encontrou com líderes mundiais, legisladores e oficiais militares nos EUA e na Europa, buscando justiça para seu filho e outros como ele. Ela aponta para a Resolução 2474 do Conselho de Segurança da ONU, aprovada em 2019, que obriga todas as partes em um conflito armado a devolver os restos mortais dos mortos como um ato humanitário e medida de construção de confiança.