Revista Oeste / Reprodução

A opositora venezuelana María Corina Machado, vencedora do Prêmio Nobel da Paz, fez sua primeira aparição pública em quase um ano nesta quinta-feira, 11 de dezembro de 2025, em Oslo, na Noruega.

Da sacada de um hotel, ela acenou para apoiadores que gritavam “Libertad!”, marcando seu retorno aos holofotes desde janeiro de 2025.

O Comitê Nobel confirmou a chegada dela à Noruega logo após a meia-noite, no horário local.

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A ativista divulgou um vídeo de sua interação com os apoiadores na capital norueguesa.

¡Oslo, aquí estoy!pic.twitter.com/tsixUerj0q

Na cerimônia oficial de entrega do prêmio, realizada na quarta-feira, 10 de dezembro de 2025, María Corina foi representada por sua filha, Ana Corina Sosa Machado.

No discurso, Ana Corina denunciou o “terrorismo de Estado” promovido pelo governo de Nicolás Maduro, na Venezuela, e afirmou: “É preciso lutar pela liberdade”.

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El abrazo que necesita toda Venezuela.Gracias!!pic.twitter.com/ozQgFQzGjq

Também participaram da solenidade a mãe de María Corina Machado e Edmundo González, o candidato da oposição venezuelana que foi declarado vencedor pela oposição, após institutos independentes constatarem que o ditador Nicolás Maduro fraudou as eleições de julho de 2024.

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María Corina estava afastada do público desde 09 de janeiro de 2025, quando foi detida após protestar contra a posse de Nicolás Maduro para seu terceiro mandato consecutivo em Caracas, na Venezuela.

De acordo com o Revista Oeste, perseguida pela ditadura, ela deixou a Venezuela de barco de forma discreta nesta semana, conforme reportagem do The Wall Street Journal, e não conseguiu chegar a tempo para a premiação.

María Corina foi anunciada como vencedora do Nobel da Paz em 10 de outubro.

O comitê reconheceu “seu trabalho incansável em prol dos direitos democráticos do povo venezuelano e sua luta por uma transição justa e pacífica para a democracia”.

A líder venceu as primárias da oposição, mas foi impedida pelo governo de concorrer à Presidência da Venezuela.

O Poder Judiciário da Venezuela, que atua em conjunto com a ditadura de Maduro, cassou os direitos políticos da ativista.

Edmundo González, um diplomata aposentado, assumiu a candidatura no lugar dela.

O período anterior às eleições de 28 de julho de 2024 foi marcado por repressão, prisões e cassações de direitos políticos, além de denúncias de violações de direitos humanos.

O Conselho Nacional Eleitoral, influenciado por aliados de Maduro, declarou a vitória do ditador.

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