A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, considerada a líder conservadora mais ousada do país desde a Guerra Fria, está reforçando a defesa da identidade italiana e dos valores ocidentais com uma ampla proposta legislativa que visa combater o que ela denomina “separatismo islâmico”. Apresentada na quarta-feira pelo partido Irmãos da Itália, a lei proibiria burcas e niqabs em todos os espaços públicos e imporia medidas rigorosas contra a influência islâmica radical no país.
A legislação vai além das proibições de coberturas faciais já existentes em partes da Europa. Pela proposta, usar véu integral como burca ou niqab em público – seja em escolas, lojas, escritórios ou ruas – poderia resultar em multas de até 3.000 euros (3.500 dólares). Mas a lei não para por aí.
O projeto inclui penas criminais para os chamados “crimes culturais”, como testes de virgindade e casamentos forçados, especialmente quando motivados por coerção religiosa. As punições para tais ofensas poderiam chegar a até 10 anos de prisão – um sinal claro do governo de Meloni de que a Itália não tolerará práticas vistas como violações aos direitos das mulheres ou aos valores ocidentais.
Galeazzo Bignami, líder parlamentar do Irmãos da Itália, afirmou que a ideia é proteger o país de “todas as formas de extremismo e qualquer tentativa de criar sociedades paralelas em solo italiano”.
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De acordo com o Daily Wire, “nenhum financiamento estrangeiro deve minar nossa soberania ou nossa civilização”, declarou o deputado do Irmãos da Itália Andrea Delmastro. O projeto reforça isso ao mirar o financiamento de mesquitas e exigir transparência total de todos os grupos religiosos não formalmente reconhecidos pelo Estado italiano – categoria que inclui todas as organizações muçulmanas no país.
Qualquer organização que receba dinheiro de entidades estrangeiras consideradas uma “ameaça à segurança do Estado” seria proibida de operar. Trata-se de um golpe direto contra a influência islâmica financiada do exterior, que o governo de Meloni acredita fomentar o radicalismo e tentativas de estabelecer “sociedades paralelas” dentro da Itália.
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Como afirmou o líder parlamentar do Irmãos da Itália Galeazzo Bignami, a lei visa defender a República do extremismo e daqueles que buscam viver sob a lei sharia em vez da constituição italiana. A chefe de imigração do partido, Sara Kelany, reforçou a mensagem, declarando que a Itália não tolerará “enclaves” onde as normas jurídicas ocidentais sejam subordinadas à lei religiosa.
Previsivelmente, o coro habitual de críticos – grupos muçulmanos, ONGs e mídia global – rotulou a medida como “divisiva”. Mas a coalizão de Meloni detém uma maioria dominante no parlamento, o que significa que o projeto provavelmente será aprovado apesar da reação contrária.
Enquanto vozes de esquerda tentam acusar Meloni de “cumplicidade em genocídio” na Corte Penal Internacional – devido ao apoio passado de seu governo a Israel –, ela permanece inabalável. “Estou surpresa”, disse ela, destacando que a Itália não autorizou novos envios de armas desde 07 de outubro de 2023.
Em uma época em que líderes ocidentais fracos cedem à pressão, Meloni se mantém firme e lembra ao mundo que a Itália não será conquistada de dentro para fora.