A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil, de cassar o mandato da deputada Carla Zambelli (PL-SP) gerou forte repercussão entre parlamentares e apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Moraes anulou a deliberação da Câmara dos Deputados que havia rejeitado a cassação da parlamentar, determinando a posse do suplente Adilson Barroso (PL-SP) no prazo máximo de 48 horas.
O ministro argumentou que a decisão dos deputados violou a Constituição, passando por cima de um julgamento do Legislativo e impondo uma nova reviravolta no caso.
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Zambelli permanece presa na Itália, após deixar o Brasil em decorrência de uma condenação do STF a dez anos de prisão por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça, segundo a Corte.
De acordo com o Revista Oeste, a atitude provocou críticas imediatas, com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro afirmando em suas redes sociais que o Congresso está de joelhos diante de tanta arbitrariedade.
No Parlamento, a indignação aumentou, com o líder do PL na Câmara, deputado Sostenes Cavalcante (PL-RJ), classificando Moraes como ditador psicopata e afirmando que a decisão representa um abuso absoluto de poder, ignorando a vontade soberana do povo.
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A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) também reagiu, destacando que as ações do STF desfiguram o papel do Congresso.
Eu espero que todos os meus colegas parlamentares agora entendam o que quero dizer quando denuncio que estamos vivendo uma ditadura do Judiciário, afirmou Damares, acrescentando que ou colocamos as coisas no devido lugar imediatamente ou já podemos decretar o fim do Congresso Nacional.
Moraes ainda solicitou ao ministro Flávio Dino, presidente da 1ª Turma do STF, a convocação de uma sessão virtual para submeter sua decisão ao colegiado.
A reunião foi marcada para esta sexta-feira, das 11h às 18h.









