IDF Spokesperson / Israel National News / Reprodução

A Microsoft anunciou que bloqueará o acesso da Unidade 8200 do Corpo de Inteligência das Forças de Defesa de Israel (IDF) aos seus serviços de nuvem Azure e realizará uma revisão externa de sua colaboração militar.

Essa decisão surge após uma investigação que revelou o uso da nuvem da Microsoft pela Unidade 8200 para armazenar, processar e analisar milhões de chamadas telefônicas de árabes palestinos em Judeia e Samaria e na Faixa de Gaza.

De acordo com o Israel National News, desde 2022, a Unidade 8200 carregou extensas bases de dados de chamadas telefônicas de árabes palestinos para a nuvem da Microsoft, como parte de um projeto aprovado em uma reunião no ano anterior entre o comandante da unidade e o CEO da Microsoft, Satya Nadella.

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Documentos indicam que o sistema era capaz de processar até um milhão de chamadas por hora, com os dados armazenados em servidores da Microsoft na Europa. As informações foram supostamente usadas pelas Forças de Defesa de Israel para fins operacionais, incluindo prisões e ataques direcionados.

O relatório também destaca que pessoal da Microsoft e engenheiros da Unidade 8200 colaboraram para construir um sistema capaz de escanear dezenas de milhões de gravações de voz e classificá-las automaticamente.

Em uma mensagem interna aos funcionários, o presidente da Microsoft, Brad Smith, escreveu: “Não ajudaremos na vigilância em massa de civis”.

A empresa afirmou que iniciou uma investigação externa sobre o assunto e suspendeu o acesso da Unidade 8200 a certos serviços.

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No entanto, os serviços de cibersegurança da Microsoft em Israel e na região continuarão operando normalmente.

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