O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Sa’ar, alertou que a criação de um Estado palestino representaria uma ameaça existencial para Israel. Em entrevista ao programa “Rob Schmitt Tonight” da Newsmax, transmitida de Jerusalém na quarta-feira, Sa’ar classificou a ideia como “suicida”.
Segundo o Israel National News, Sa’ar citou a retirada de Israel da Faixa de Gaza em 2005 como um experimento fracassado que resultou na criação de uma fortaleza terrorista. “Fizemos isso quando nos retiramos totalmente em 2005 da Faixa de Gaza”, disse ele. “Desmantelamos todos os nossos acampamentos militares, todas as nossas comunidades, até os túmulos dos cemitérios.”
De acordo com Sa’ar, o Hamas rapidamente transformou Gaza no “maior reino do terror na terra”, lançando repetidos ataques contra Israel. Ele destacou que levou apenas 16 anos desde a tomada do poder pelo Hamas em 2007 até o brutal ataque de 7 de outubro de 2023.
Sa’ar também criticou a pressão internacional, liderada por governos ocidentais, pela criação de um Estado palestino, frustrados com a resposta de Israel ao terrorismo do Hamas. Ele questionou o entendimento desses governos sobre a ameaça que Israel enfrenta, argumentando que “eles não são diretamente afetados” e que apenas os israelenses sofreriam as consequências.
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Ao relembrar os Acordos de Oslo, Sa’ar afirmou que a Autoridade Palestina falhou em conter o terrorismo e, em vez disso, “todo lugar que deixamos se tornou uma grande base de terrorismo”.
“Agora, se você lhes der um Estado… com controle sobre a fronteira, sobre o céu… isso será suicida do ponto de vista de Israel”, declarou Sa’ar.
Ele rejeitou a noção de um Estado palestino livre do Hamas como irrealista, perguntando: “Quem vai garantir isso?”
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Referindo-se ao modelo de dois Estados frequentemente defendido no exterior, Sa’ar concluiu: “Tornou-se um slogan. Solução de dois Estados. Quem disse que é a solução? Provavelmente é o problema. Eu digo que é a ilusão de dois Estados.