O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Sa’ar, afirmou que o governo israelense considera com extrema gravidade o atentado terrorista mortal ocorrido durante um evento de Hanukkah em Sydney, e alertou que o antissemitismo tem sido permitido se normalizar na Austrália nos últimos dois anos.
Em entrevista à Sky News Australia após o ataque, que resultou em 15 mortos, Sa’ar destacou que a prioridade imediata de Israel é apoiar a comunidade judaica da Austrália no rescaldo do que ele descreveu como um “horrível atentado terrorista”.
“Primeiro de tudo, é nossa vontade fortalecer a comunidade judaica da Austrália, nossos irmãos e irmãs que enfrentaram esse horrível atentado terrorista e uma enorme onda de antissemitismo durante todos os últimos dois anos”, declarou Sa’ar.
Sa’ar confirmou que o ministro Amichai Chikli, responsável pelas relações com comunidades judaicas, está a caminho da Austrália. Ele acrescentou que representantes israelenses adicionais podem visitar o país em uma etapa posterior.
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De acordo com o Israel National News, Israel tem instado repetidamente as autoridades australianas a adotarem medidas mais firmes contra o antissemitismo, citando incidentes como incêndios em sinagogas, exibições públicas de ódio e incitamento tanto online quanto no discurso público.
Ele criticou especificamente slogans como “globalizar a intifada”, afirmando que o termo se refere à violência contra judeus e não deve ser considerado uma expressão política legítima. “Esse tipo de slogan não faz parte da liberdade de expressão”, disse Sa’ar, acrescentando que eles são “muito perigosos” e constituem incitamento.
Sa’ar relatou ter conversado duas vezes em 24 horas com a ministra das Relações Exteriores da Austrália, Penny Wong, e enfatizou que os governos enfrentam uma escolha clara ao confrontar o antissemitismo. “Com o antissemitismo, você tem a alternativa de lutar contra ele ou normalizá-lo”, afirmou. “Nossos sentimentos foram, e lamento muito dizer isso, que durante os últimos dois anos o antissemitismo foi normalizado na Austrália”.
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Questionado sobre reportagens da mídia sugerindo que Israel pode ter fornecido alertas prévios à Austrália sobre um possível ataque, Sa’ar se recusou a comentar. “Não quero me referir de forma alguma a mensagens como essa”, disse, acrescentando que tais assuntos não são a maneira como as relações entre os dois países devem ser conduzidas.
Ele concluiu reiterando a expectativa de Israel por uma mudança significativa de política. “Chamados como ‘do rio ao mar’ ou ‘globalizar a intifada’ não são legítimos e não fazem parte do debate público”, afirmou Sa’ar. “Eles não deveriam”.
