Olivier Fitoussi/ Flash90 / Israel National News / Reprodução

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Sa’ar, enviou uma carta dura à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, antes da discussão prevista para amanhã (quarta-feira, 17 de setembro de 2025) sobre propostas para suspender cláusulas comerciais no acordo com Israel.

Na carta, Sa’ar destacou que a proposta foi apresentada “sem qualquer aviso prévio, às pressas, sem consulta conosco e contrária ao espírito do acordo”, qualificando-a como uma medida “sem precedentes” que nunca foi aplicada contra nenhum outro país.

A carta incluiu críticas severas tanto à proposta em si quanto às fontes de informação usadas, expressando preocupação de que a ação da União Europeia possa fortalecer o Hamas e prejudicar esforços para restaurar a calma.

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“Essa proposta sem precedentes, que nunca foi aplicada contra qualquer outro país, representa uma clara tentativa de prejudicar Israel enquanto ainda lutamos uma guerra imposta a nós após o ataque terrorista de 7 de outubro – o maior massacre de judeus desde o Holocausto. Essa guerra existencial é travada contra o Hamas e outras organizações terroristas em Gaza, enquanto somos atacados simultaneamente pelos houthis no Iêmen”, escreveu o ministro das Relações Exteriores.

De acordo com o Israel National News, Sa’ar afirmou que a proposta efetivamente empodera a organização terrorista assassina Hamas. “É extremamente preocupante que a promoção de tal proposta efetivamente conceda poder a uma organização terrorista responsável por crimes horrendos e que continua a cometê-los, enquanto Israel – um parceiro de longa data da União Europeia – está engajado em uma guerra existencial. Isso também coloca em risco os esforços em andamento para encerrar a guerra.”

Ele ainda enfatizou que pressionar Israel por meio de sanções é ineficaz e destacou o direito de Israel de se defender: “O Estado de Israel é uma nação soberana e orgulhosa. Não cederemos a ameaças quando nossa segurança está em jogo.”

Sa’ar também criticou o manejo processual da proposta, alegando que violou princípios de justiça e boa-fé: “Vocês nem mesmo atenderam aos requisitos mínimos de um processo justo e agiram de má-fé. Israel não recebeu notificação suficiente sobre a proposta atual, nem lhe foi dada a menor oportunidade de responder.”

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Ele acrescentou uma crítica aguda sobre a confiabilidade das informações: “A presidente e a União confiam pesadamente em dados não verificados e distorcidos sob controle do Hamas. Ao fazer isso, a UE está jogando no jogo do Hamas e em sua estratégia calculada para prejudicar Israel e minar seu direito de existir.”

“Oitenta anos se passaram desde que o Holocausto ocorreu em solo europeu, onde seis milhões do nosso povo foram assassinados. Estabelecemos uma pátria para o povo judeu em sua terra ancestral, e lutamos incansavelmente por nossas vidas e segurança. Prejudicar Israel pela Europa, em um momento em que tentativas estão sendo feitas para aniquilar os sobreviventes restantes do povo judeu e seu único estado, constitui uma violação de toda norma moral e um desrespeito à responsabilidade histórica da Europa”, concluiu Sa’ar.

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