iStock / Israel National News / Reprodução

Uma modelo de Toronto relatou ter sido forçada a sair de um veículo de transporte por aplicativo após a meia-noite, quando o motorista descobriu que ela era judia. O incidente, ocorrido em 30 de novembro de 2025, foi descrito por ela como um lembrete claro do aumento do antissemitismo no Canadá.

Miriam Mattova, de 33 anos, contou que entrou no Uber após uma amiga ter solicitado o serviço para ela. Logo após embarcar, ela iniciou uma chamada de vídeo pelo FaceTime e mencionou uma viagem recente a Israel. De acordo com seu relato, o motorista parou abruptamente em um cruzamento movimentado e exigiu que ela saísse do carro. Mattova afirmou que o motorista disse que não transportava passageiros judeus.

Ela desceu do veículo, pediu outro carro e, posteriormente, registrou uma reclamação. A amiga que agendou a corrida também reportou o ocorrido. Mattova informou que a Uber a contatou em 4 de dezembro de 2025, pediu desculpas por e-mail e reembolsou o valor da corrida, afirmando que a empresa seguiria com ações junto ao motorista.

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“Um incidente grave envolvendo ódio deve gerar ação imediata”, destacou ela, expressando preocupação com a demora e o fato de a companhia não confirmar se o motorista continuava ativo na plataforma.

De acordo com o Israel National News, um porta-voz da Uber declarou em comunicado que a empresa não tolera discriminação e tomou “ações apropriadas” não especificadas.

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Mattova, uma modelo eslovaco-canadense e ex-Miss Eslováquia, tem se posicionado contra o antissemitismo desde os ataques de 7 de outubro. Ela mencionou que sua avó, sobrevivente do Holocausto, compartilhava alertas sobre os anos que antecederam a guerra – histórias que agora ressoam em episódios como o que ela viveu.

Seu advogado, Howard Levitt, exigiu que a Uber encerre a relação com o motorista e garanta que todos os condutores sigam padrões de não discriminação.

Mattova, envolvida em advocacy pró-Israel e que visitou recentemente Israel com um grupo sem fins lucrativos, afirmou que o incidente a lembrou dos perigos de ignorar atos menores de ódio. Ela disse que continua a se manifestar para evitar que tal comportamento se normalize no Canadá.

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