Ricardo Stuckert/PR

Na noite de quinta-feira, 19 de junho de 2025, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou a volta à prisão de Antônio Cláudio Alves Ferreira, condenado a 17 anos pelo envolvimento nos atos de 8 de janeiro de 2023, quando destruiu um relógio histórico de Dom João VI no Palácio do Planalto, durante os ataques na Praça dos Três Poderes. Moraes também determinou a apuração da conduta do juiz Lourenço Migliorini Fonseca Ribeiro, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG), que autorizou a soltura de Ferreira, conforme a Revista Oeste.

Segundo Moraes, o TJ-MG agiu fora de sua competência ao liberar o condenado sem tornozeleira eletrônica, alegando falta de equipamento. O ministro destacou que Ferreira, embora primário, foi condenado por crimes com violência e grave ameaça, exigindo o cumprimento de pelo menos 25% da pena para progressão ao regime semiaberto, decisão que cabe exclusivamente ao STF. “A liberação do réu contrariou a legislação, e a conduta do juiz deve ser investigada pela autoridade policial do STF”, afirmou Moraes.

Imagens das câmeras de segurança do Planalto mostram Ferreira, vestindo uma camiseta com o rosto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), jogando no chão o relógio de 200 anos, presente do governo francês a Dom João VI. A relíquia foi destruída durante os atos de vandalismo.

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