Ministério da Defesa/ Wikimedia Commons

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou, nesta segunda-feira, 9 de junho de 2025, um novo pedido do ex-ministro Walter Braga Netto para suspender a transmissão ao vivo dos interrogatórios dos réus investigados por uma suposta tentativa de golpe de Estado em 2022. As sessões, iniciadas hoje, serão exibidas pela TV Justiça, conforme decisão do magistrado.

A defesa de Braga Netto argumentou que a veiculação em tempo real dos depoimentos não seria “razoável”, alegando que o interrogatório, considerado o principal momento de autodefesa, seria exposto ao “escrutínio público” sob pressão midiática. “Não é justo que esse ato essencial ocorra sob o olhar de câmeras, sabendo que será alvo de análise pública imediata, além de constar nos autos”, afirmou a defesa. Moraes, porém, considerou que os advogados não apresentaram “prejuízo concreto” que justificasse o sigilo, mantendo a transmissão. Ele acrescentou que, caso sejam apontados elementos específicos para justificar a confidencialidade, o pedido será reavaliado.

Conforme a Revista Oeste, além de Braga Netto, sete outros réus do chamado “núcleo 1” da suposta trama golpista serão interrogados, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O primeiro a depor será o tenente-coronel Mauro Cid, que firmou acordo de delação premiada. As audiências marcam uma etapa crucial do inquérito, que investiga ações para subverter o resultado das eleições de 2022.

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