Lula Marques/Agência Brasil

O presidente da Câmara dos Deputados do Brasil, Hugo Motta (Republicanos-PB), declarou na segunda-feira, 1º de setembro de 2025, que não discutiu com o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, a possível cassação do mandato do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Essa afirmação contraria o que Lula havia dito anteriormente, ao afirmar que havia conversado sobre o assunto com Motta.

Em entrevista à Rádio Itatiaia, na sexta-feira, 29 de agosto de 2025, Lula chamou Eduardo de “maior traidor da história deste país” e afirmou ter discutido com o presidente da Câmara e outros parlamentares a possibilidade de cassar o mandato do deputado.

De acordo com informações de Revista Oeste, Motta descreveu sua relação com Lula como cordial, mas afirmou que nunca abordaram a questão da cassação de Eduardo em suas conversas. “Todas as vezes que nos encontramos, tratamos de diversos assuntos de interesse do país, mas esse especificamente nunca foi discutido entre nós”, disse Motta.

O deputado também comentou sobre a situação atual de Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos e solicitou à Câmara dos Deputados autorização para exercer suas funções de forma remota. Em um ofício enviado à Presidência da Casa, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro argumentou que perseguições políticas o forçam a permanecer fora do Brasil.

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Apesar do pedido, Motta afirmou que a Câmara seguirá os procedimentos normais. Em 15 de agosto de 2025, ele encaminhou quatro representações contra Eduardo ao Conselho de Ética. Motta garantiu que o processo de análise seguirá o rito padrão, sem tratamento especial.

A tensão entre Lula e Eduardo Bolsonaro aumentou após o presidente pressionar publicamente o Congresso a cassar o mandato do deputado. Lula acusa Eduardo de tentar articular sanções econômicas contra o Brasil em favor de seu pai, Jair Bolsonaro, que enfrenta um julgamento por suposta tentativa de golpe de Estado.

Eduardo Bolsonaro nega qualquer irregularidade e afirma que seu indiciamento no Supremo Tribunal Federal do Brasil é resultado de sua atuação parlamentar legítima. Em uma nota enviada à Mesa Diretora da Câmara, ele classificou o processo como “indevido” e reforçou que o exercício de seu mandato no exterior está amparado por prerrogativas parlamentares.

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