Mulheres liberais grávidas estão agora se filmando enquanto tomam Tylenol, em um gesto aparente de desafio ao presidente dos EUA, Donald Trump, e ao secretário de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, Robert F. Kennedy Jr.
Na segunda-feira, 23 de setembro de 2025, a dupla divulgou resultados de pesquisas que apontam uma associação entre o uso de acetaminofeno durante a gravidez e um risco aumentado de autismo. O acetaminofeno é o ingrediente ativo do Tylenol, um dos medicamentos mais usados no mundo para alívio de dor e redução de febre.
Para demonstrar supostamente sua adesão à “ciência” e fazer uma declaração política contra o governo Trump, essas mulheres começaram a gravar vídeos exibindo suas barrigas de grávidas enquanto ingerem o medicamento.
Em um vídeo da usuária @imdatmom no TikTok, por exemplo, uma mulher acaricia sua barriga grávida enquanto mostra três frascos de Tylenol no balcão do banheiro. Ela então toma um comprimido e dança ao som de música.
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Outro vídeo similar tem a legenda: “Aqui estou eu, grávida, tomando Tylenol porque acredito na ciência e não em alguém sem formação médica”.
Me tomando Tylenol enquanto grávida porque o que o governo vai fazer a respeito”, diz a legenda de outro vídeo. Outros vídeos seguem o mesmo padrão.
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De acordo com o Daily Wire, em uma ficha informativa emitida pelo Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, o órgão citou estudos de coorte em larga escala, como o Nurses’ Health Study II e o Boston Birth Cohort, como evidência das associações entre a exposição in utero e diagnósticos posteriores de transtorno do espectro autista (ASD) e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (ADHD).
Os cientistas propuseram mecanismos biológicos que ligam a exposição pré-natal ao acetaminofeno a um desenvolvimento cerebral alterado”, acrescentou o departamento.
Além disso, o podcast Morning Wire do The Daily Wire conversou com o comissário da FDA, Dr. Marty Makary, que enfatizou que o decano da Harvard School of Public Health “fez uma declaração muito conclusiva de que acredita que a associação é causal”.
Temos uma epidemia de autismo que aumentou 400% nas décadas recentes, e não temos uma causa conhecida”, disse Dr. Makary. “Agora isso pode ser uma causa, mas quando você tem evidências suficientes para sugerir uma associação e não tem outra causa plausível, temos o dever de notificar pais e médicos”.
O comissário já enviou uma carta “Dear doctor” a todos os médicos dos EUA sobre a informação, acrescentou ele.
E, como destacado por alguns perfis online, uma conta do Tylenol afirmou em 2017 que não recomenda seus produtos para mulheres grávidas.
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