No último domingo, dezenas de milhares de pessoas atravessaram a Harbour Bridge, em Sydney, na Austrália, em uma demonstração anti-Israel denominada “Marcha pela Humanidade”. O evento ocorreu em meio ao agravamento das condições humanitárias em Gaza. Manifestantes, incluindo famílias e idosos, entoaram slogans e agitaram bandeiras palestinas. Muitos carregavam guarda-chuvas devido à forte chuva, e alguns seguravam panelas e frigideiras para simbolizar as alegações de fome em Gaza feitas pelo Hamas.
De acordo com o Israel National News, Keren, membro da comunidade judaica em Sydney, expressou sua tristeza em relação ao evento. “Foi um dia muito triste para os membros da comunidade, especialmente para nós como israelenses. A situação aqui não é boa. Estamos enfrentando um antissemitismo explícito que se intensificou nas últimas semanas – e o governo local não está fazendo nada”, disse ela.
PUBLICIDADE
Keren, que vive na Austrália há quase 14 anos, lamentou a mudança no ambiente do país. “A Austrália não é mais o que era. Meu filho entrou em um ônibus escolar e as crianças atrás gritaram que ele era judeu e deveria ser enviado para as câmaras de gás. Os professores não fizeram nada, e só depois que chegamos ao parlamento e o Ministro da Educação foi publicamente criticado é que algo foi feito. A propósito, quando meus filhos respondem aos insultos – os professores me ligam para perguntar por que meu filho está respondendo”, relatou ela.
Segundo Keren, muitos estão considerando deixar o país devido ao aumento do assédio. “Muitos estão pensando em retornar a Israel. Somos cerca de 5.000 israelenses e aproximadamente 120.000 judeus – enfrentando mais de um milhão de muçulmanos e um governo anti-Israel, parece sem esperança”, concluiu ela.









