(Annette Riedl/picture alliance via Getty Images) / Fox News / Reprodução

Em 2025, o músico de swing de Berlim, David Hermlin, enfrenta cancelamentos após ser excluído de alguns dos principais festivais de jazz da Europa e acusado de intimidação em uma reunião organizada por um grupo pró-Palestina. Aos 25 anos, Hermlin contou ao Fox News Digital que suas únicas ações foram fazer duas perguntas e usar um alfinete amarelo em solidariedade aos reféns ainda mantidos em Gaza. “Eu não assediei ou intimidei ninguém. Apenas fiz duas perguntas que considerei legítimas”, disse Hermlin.

Conhecido nas redes sociais como “Daveetheewave”, Hermlin construiu uma reputação não apenas por sua música, mas também por sua imagem. Ele se veste no estilo autêntico dos anos 1930, com cabelo penteado para trás, microfone vintage e um terno cinza carvão que parece ter saído de um filme de Fred Astaire. O visual combina com o som. Ele canta clássicos como “Let’s Fall in Love”, acompanhado por sua própria big band, The Swing Dance Orchestra, que recria a era de ouro do swing nos mínimos detalhes. Seu alfinete de fita amarela, usado de forma elegante na lapela do terno sob medida, destacou-se no festival deste ano e se tornou um ponto de controvérsia.

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De acordo com o Fox News, a experiência de Hermlin levanta questões sobre a liberdade de expressão no mundo do entretenimento. Ele enquadra seu caso como parte de um padrão histórico mais amplo de exclusão. “Que tipo de mundo é este agora, onde antes de tocar em um festival, tenho que fazer uma declaração política? É um festival de música, não um festival político”, disse ele.

O Herräng Dance Camp na Suécia é considerado um dos festivais de swing mais reconhecidos do mundo. Neste ano, um grupo chamado Jazz with Palestine realizou uma reunião aberta. Hermlin estava se apresentando como baterista com outro ensemble, não com sua própria orquestra. Mais tarde, ele descobriu que os organizadores não apenas o excluíram das sessões de jam daquele grupo, mas deixaram claro que não considerariam reservar seus projetos pessoais, como The Swing Dance Orchestra. “Fui com a única intenção de ouvir suas preocupações e, se possível, ter um diálogo”, explicou Hermlin.

Na reunião do Jazz with Palestine, Hermlin fez duas perguntas. Ele queria saber para onde seriam direcionadas as doações monetárias e o que significavam as letras da canção árabe usada para a coreografia. O intercâmbio posteriormente gerou reclamações sobre sua “presença intimidadora”. “A primeira pergunta foi, se eu quiser doar algum dinheiro, para onde vão as doações?” recordou Hermlin. “A segunda foi, qual é o significado da canção árabe? Eles disseram que não sabiam. Perguntei, ‘Não seria bom saber antes de filmar uma coreografia?’

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Hermlin também enfrentou críticas por usar um pequeno alfinete amarelo na lapela, que simboliza solidariedade com os 50 reféns ainda mantidos pelo Hamas. Visitantes do festival sugeriram que o alfinete era inflamatório ou propaganda política. Hermlin rejeita essa caracterização. “As pessoas apontaram para o meu alfinete amarelo e disseram, ‘Talvez as pessoas estejam agressivas por causa do seu alfinete’. Perguntei a eles, ‘Vocês sabem o que isso significa?’ Eles disseram que não”, disse ele. “Este alfinete é sobre os reféns. Não é sobre o IDF ou o governo. É sobre empatia.

Após Herräng, Hermlin disse que outros festivais começaram a cancelá-lo de suas programações, mantendo sua banda. “Eu sou o único sendo excluído. Não a banda, apenas eu”, disse ele. “Um festival me disse, ‘não leve para o lado pessoal, você receberá uma taxa de cancelamento’. Mas como isso não é pessoal?

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