Yonatan Sindel/Flash 90 / Israel National News / Reprodução

Em um pronunciamento à mídia israelense na noite de domingo, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, abordou pela primeira vez desde a Operação Rising Lion no Irã, realizada em 2023. Ele comentou sobre a reunião do gabinete ocorrida na última quinta-feira, na qual foi decidido o controle sobre Gaza. “O gabinete instruiu as Forças de Defesa de Israel (IDF) a avançar para a fase decisiva e tomar controle dos últimos redutos mantidos pelo Hamas, principalmente a capital do terror, Gaza City, onde estão localizados a sede da organização, seus comandantes e infraestrutura de controle”, declarou Netanyahu.

Ele delineou os cinco princípios estabelecidos pelo gabinete para encerrar a guerra. “A IDF permitirá que a população de Gaza City evacue das zonas de combate, como fizemos com sucesso em Khan Yunis, Rafah e Deir al-Balah. Forneceremos aos civis um corredor de saída organizado e ajuda humanitária fora das zonas de combate”, afirmou.

De acordo com informações de Israel National News, após meses de negociações infrutíferas, tornou-se claro que o Hamas não quer um acordo. “O Hamas permanece firme em sua recusa e apresentou condições impossíveis, até mesmo aos olhos dos Estados Unidos”, disse Netanyahu. Ele destacou que as condições do Hamas incluem: “Uma retirada completa da Faixa de Gaza, incluindo do Corredor de Filadélfia, o que permitiria o contrabando de armas; a libertação dos terroristas da Nukhba; e uma exigência de garantias internacionais vinculantes que impediriam a IDF de se envolver em combate”.

PUBLICIDADE

Netanyahu afirmou: “Essas são condições de rendição que nenhum governo responsável aceitaria, e eu não aceitarei. O Hamas nos enganou — e, portanto, decidi que o caminho certo é derrotar o Hamas”. Ao comentar sobre a discussão no gabinete, ele disse: “Foi proposto cercar o Hamas e realizar incursões, mas a maioria do gabinete acreditava que isso não alcançaria a vitória ou traria de volta os reféns”.

Ele acrescentou: “Pelo caminho que eu liderei, 205 dos 255 reféns foram libertados, sendo 148 deles vivos. Estamos comprometidos em trazer de volta os 20 que ainda estão vivos e os 30 que não estão mais. Estamos em uma encruzilhada histórica. Prometi mudar a face do Oriente Médio — quebramos o eixo iraniano, atingimos o Hezbollah, e o governo está trabalhando para desarmá-lo”.

Netanyahu afirmou: “Esta é uma conquista histórica que alguns tentam minimizar — como se salvar a vida de dez milhões de pessoas e garantir nosso futuro para as gerações fosse um assunto trivial”. Ele também destacou que tudo isso foi alcançado “apesar de fortes pressões internas e externas para interromper a guerra antes de entrarmos em Rafah. Se eu tivesse cedido a essas pressões, Sinwar e Haniyeh ainda estariam governando Gaza, e o Irã estaria correndo para uma arma nuclear, produzindo 20 mil mísseis balísticos que ameaçam nossa existência”.

Icone Tag

Possui alguma informação importante para uma reportagem?

Seu conhecimento pode ser a peça-chave para uma matéria relevante. Envie sua contribuição agora mesmo e faça a diferença.

Enviar sugestão de pauta