Yonatan Sindel/Flash 90 / Israel National News / Reprodução

Em 2023, o presidente da França, Emmanuel Macron, solicitou uma visita surpresa a Israel, mas seu pedido foi rejeitado pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, com uma condição específica. Netanyahu exigiu que Macron retirasse sua intenção de reconhecer um estado palestino para poder visitar o país. No entanto, Macron recusou essa condição.

Segundo o Israel National News, uma fonte israelense citada no relatório afirmou: “Não vamos deixar Macron jogar dos dois lados”. Anteriormente, o ex-membro do parlamento francês Meyer Habib confirmou ao Kan 11 que Macron realmente havia tentado visitar Israel, mas foi recusado por Netanyahu. Habib relatou que Macron enviou uma mensagem a Netanyahu expressando seu desejo de visitar, mas Netanyahu respondeu que, sob as circunstâncias atuais, não era o momento adequado para uma visita.

PUBLICIDADE

As tensões entre Israel e França já eram altas antes de Macron anunciar, em 22 de setembro de 2023, durante a Assembleia Geral da ONU, sua intenção de reconhecer um estado palestino. Essas tensões decorrem da crítica contínua de Macron às operações antiterroristas de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza.

O presidente francês chegou a pedir duas vezes um embargo de armas contra Israel para interromper o conflito com o Hamas e o Hezbollah. Ele declarou que “parar a exportação de armas” usadas por Israel em Gaza e no Líbano era a única maneira de acabar com os combates na região. Mais tarde, Macron advertiu que as ações militares contínuas de Israel em Gaza poderiam estar violando a lei humanitária internacional.

No final de agosto de 2023, Netanyahu enviou uma carta a Macron na qual escreveu que o antissemitismo havia “surgido” na França após o anúncio de Macron de que a França reconheceria formalmente um estado palestino. Em sua carta, Netanyahu afirmou: “Seu chamado por um estado palestino joga combustível neste fogo antissemita. Não é diplomacia, é apaziguamento. Isso recompensa o terror do Hamas, endurece a recusa do Hamas em libertar os reféns, encoraja aqueles que ameaçam os judeus franceses e incentiva o ódio aos judeus que agora persegue suas ruas”.

A Presidência da França condenou a acusação de Netanyahu como “abjeta” e “errônea”, afirmando que a França “protege e sempre protegerá seus cidadãos judeus”.

Icone Tag

PUBLICIDADE

Possui alguma informação importante para uma reportagem?

Seu conhecimento pode ser a peça-chave para uma matéria relevante. Envie sua contribuição agora mesmo e faça a diferença.

Enviar sugestão de pauta