O grupo Nexstar Media Group, nos Estados Unidos, confirmou na terça-feira que não transmitirá o programa “Jimmy Kimmel Live” em suas afiliadas da ABC, mesmo com o fim da suspensão do show.
A indústria do entretenimento nos EUA enfrenta turbulências desde que o programa de Kimmel foi retirado do ar na semana passada, devido a declarações dele sobre o homem que assassinou Charlie Kirk. Agora o show retorna, mas não será exibido nas afiliadas da ABC pertencentes à Nexstar.
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O anúncio veio apenas um dia após o Sinclair Broadcast Group, outro grande proprietário de estações da ABC nos EUA, adotar a mesma posição.
Tomamos a decisão na semana passada de preemptar ‘Jimmy Kimmel Live!’ após o que a ABC descreveu como comentários ‘inoportunos e insensíveis’ de Kimmel em um momento crítico no discurso nacional”, afirmou a Nexstar em comunicado, conforme relatado por Daily Wire.
Mantemos essa decisão até termos garantia de que todas as partes estão comprometidas em promover um ambiente de diálogo respeitoso e construtivo nos mercados que atendemos.
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Os contratos de rede com grupos de estações de TV geralmente incluem uma cláusula de “direito de rejeição”, que permite às afiliadas locais preemptar programas considerados prejudiciais ao interesse público ou ao seu público. No entanto, essa cláusula é raramente usada, segundo o The New York Times.
Kimmel foi retirado do ar após reações negativas a comentários que fez sobre o acusado de assassinar Kirk.
Alcançamos novos baixos no fim de semana com a turma MAGA tentando desesperadamente caracterizar esse garoto que matou Charlie Kirk como qualquer coisa menos um deles, e fazendo de tudo para ganhar pontos políticos com isso”, disse Kimmel na ocasião.
Pouco depois de seus comentários viralizarem, tanto a Nexstar quanto a Sinclair anunciaram planos de preemptar o programa noturno. As duas empresas de radiodifusão controlam ou possuem quase 80 afiliadas da ABC entre elas.
Na quarta-feira passada, o presidente da FCC nos EUA, Brendan Carr, criticou os comentários de Kimmel, o que levou muitos a especular que a suspensão do programa ocorreu devido a pressão governamental.
Várias petições e protestos continuam em andamento. Kimmel não fez declarações públicas, mas foi visto visitando seu advogado, de acordo com múltiplos relatos.
Hoje, em 23 de setembro de 2025, a situação destaca as tensões entre liberdade de expressão e responsabilidade na mídia americana.