A NFL está enfrentando fortes críticas após anunciar que o artista Bad Bunny se apresentará no show do intervalo do Super Bowl de 2026.
Os críticos destacam que a escolha parece ter motivações políticas, já que Bad Bunny, originário de Porto Rico, se recusou a realizar shows nos Estados Unidos devido a desacordos com a aplicação das leis de imigração e criticou abertamente os agentes da Agência de Imigração e Alfândega (ICE) dos EUA, chamando-os de “filhos da puta” e “filhos da mãe” em um vídeo postado no Instagram em junho.
O vencedor de três prêmios Grammy afirmou em uma entrevista no início deste mês que não marcou paradas de turnê nos Estados Unidos porque temia que agentes da ICE dos EUA pudessem mirar nos participantes dos shows.
PUBLICIDADE
“…Havia a questão de — tipo, a porra da ICE poderia estar do lado de fora (do meu show). E era algo que estávamos discutindo e muito preocupados”, disse ele.
O cantor, cujo nome real é Benito Ocasio, divulgou uma declaração no domingo sobre sua apresentação no Super Bowl.
“O que estou sentindo vai além de mim mesmo. É para aqueles que vieram antes de mim e correram inúmeras jardas para que eu pudesse entrar e marcar um touchdown… isso é para o meu povo, minha cultura e nossa história”, afirmou.
PUBLICIDADE
A Roc Nation produzirá o show em conjunto com a Apple Music. O chairman da empresa, Jay-Z, disse em uma declaração: “O que Benito fez e continua fazendo por Porto Rico é verdadeiramente inspirador. Estamos honrados em tê-lo no maior palco do mundo”.
A decisão está sendo interpretada como uma declaração política porque Ocasio tem sido vocal em suas crenças políticas. Ele endossou Kamala Harris antes da eleição de 2024 nos Estados Unidos.
Bad Bunny também apoia a diluição dos papéis de gênero. “O que define um homem, o que define ser masculino, o que define ser feminino?”, disse ele em uma entrevista à GQ em 2022. “Para mim, um vestido é um vestido”. A esquerda celebra o cantor por usar maquiagem e vestidos como forma de protesto contra a masculinidade tradicional.
Em 4 de julho, o cantor lançou um videoclipe para sua música “NUEVA YoL”, que incluía uma voz imitando o presidente dos EUA, Donald Trump, pedindo desculpas por sua repressão à imigração ilegal.
“Quero pedir desculpas aos imigrantes na América. Quero dizer, nos Estados Unidos. Eu sei que a América é o continente inteiro”, diz a voz falsa de Trump. “Este país não é nada sem os imigrantes”.
Isso, junto com outros fatores, levou a uma avalanche de reações negativas nas redes sociais.
De acordo com o Daily Wire, o ativista conservador Robby Starbuck observou que a maioria das músicas de Bad Bunny nem mesmo está em inglês. “Essa não é uma escolha projetada para unir os fãs de futebol ou permitir que as pessoas apenas aproveitem o show. Foi uma escolha projetada para dividir os fãs, e sem dúvida Bad Bunny encontrará alguma forma de promover uma mensagem woke”, compartilhou ele no X.
Bad Bunny foi escolhido pela NFL e pela Roc Nation para se apresentar no Super Bowl deste ano.
Ele fez o seguinte comentário racista: “Duvido muito que o tipo de gringos com quem eu não me envolvo me escutem. Aqueles eram todos os pessoas no Super Bowl que estavam irritadas com o quão latino era o show do intervalo…”.
“Os donos da NFL estão envolvidos nessa idiotice ou estão culturalmente desconectados da realidade e de como o comissário da NFL, Roger Goodell, usa a NFL para promover questões sociais de esquerda?”, questionou Starbuck. “É tão difícil escolher um ato musical unificador que não queira vender propaganda woke?”.
“…Isso não é sobre música, é sobre colocar no palco um cara que odeia Trump e o MAGA”, concluiu Starbuck.
“Estou completamente convencido de que a NFL não tem ideia de quem Bad Bunny realmente é”, ironizou outra pessoa.
O Super Bowl está programado para ocorrer no Levi’s Stadium, em Santa Clara, na Califórnia, nos Estados Unidos, no domingo, 8 de fevereiro de 2026.