Em depoimentos apresentados a um comitê de investigação liderado pelo major-general da reserva Sami Turgeman, de Israel, veio à tona um plano israelense para assassinar os líderes do Hamas Yahya Sinwar e Muhammad Deif, que foi impedido pelo escalão político pelo menos duas vezes.
De acordo com o Israel National News, o Comando Sul de Israel elaborou uma iniciativa operacional de grande escala em 2022 e novamente em 2023, que envolvia assassinatos seletivos, ataques a infraestruturas de combate e manobras terrestres limitadas.
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No entanto, o escalão político evitou aprovar a ação, motivado pelo desejo de não provocar uma escalada intencional na Faixa de Gaza.
Autoridades do Shin Bet, serviço de inteligência de Israel, demonstraram apoio ao plano, especialmente diante dos graves ataques e das chamadas públicas para incitamento feitas por Sinwar.
Contudo, a política adotada pelo governo de Israel, conforme relatado aos depoentes, consistia em preservar o domínio do Hamas e manter a paz na Faixa de Gaza “a quase qualquer custo”.
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Os depoimentos também revelam que, mesmo em situações em que o chefe do Estado-Maior de Israel concedeu aprovação para o planejamento inicial, o escalão político se absteve de tomar uma decisão final, o que impediu o avanço da operação.
Oficiais seniores que testemunharam perante o comitê descreveram o erro como resultado de uma concepção equivocada, que “levou ao cancelamento de iniciativas que poderiam ter alterado o curso dos eventos”.
Hoje, em 09 de dezembro de 2025, esses detalhes destacam as decisões passadas que influenciaram o cenário de segurança em Israel.









