A Organização das Nações Unidas anunciou a inclusão de quase 70 novas empresas em sua lista negra de firmas acusadas de apoiar comunidades judaicas em Judeia e Samaria. Com essa atualização, a lista agora conta com 158 companhias de 11 países diferentes, sendo a maioria delas israelenses. A relação é apresentada como um “banco de dados de empresas” e visa identificar publicamente negócios que operam ou atendem essas comunidades.
De acordo com o Israel National News, as empresas sinalizadas atuam em setores variados, como construção, imóveis, mineração, serviços financeiros, turismo e transporte. Entre as novidades na lista estão a Heidelberg Materials, da Alemanha, a provedora de sistemas ferroviários Steconfer, de Portugal, e a firma de engenharia Ineco, da Espanha. Várias empresas americanas de viagens, incluindo Expedia, Booking Holdings e Airbnb, continuam na relação. Ao mesmo tempo, sete companhias foram removidas, entre elas a empresa de transportes Alstom, da França, e o provedor de serviços de viagens Opodo, da Grã-Bretanha.
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A lista negra foi criada inicialmente após uma resolução do Conselho de Direitos Humanos da ONU, há quase uma década. Israel se opôs firmemente à iniciativa desde o início, argumentando que ela visa injustamente e exclusivamente o Estado judeu. Tanto Israel quanto os Estados Unidos acusaram repetidamente o Conselho de ter um viés anti-Israel enraizado. Críticos destacam que o Conselho não possui autoridade legal para impor suas medidas e que a lista serve principalmente como ferramenta de pressão internacional por meio da vergonha pública das empresas.
Israel rejeitou a lista negra como uma manobra política que não reflete a realidade no terreno. Autoridades em Jerusalém afirmam que as comunidades judaicas em Judeia e Samaria fazem parte natural do lar histórico e bíblico do povo judeu. Elas enfatizam que o Estado não pretende desmantelar essas comunidades, que hoje abrigam mais de meio milhão de residentes. Além disso, mais de 200 mil judeus vivem no leste de Jerusalém, uma área que Israel declarou como parte de sua capital unificada.
A divulgação da lista atualizada ocorre em um momento em que Israel continua aprovando novos projetos de habitação em Judeia e Samaria. O crescimento dessas comunidades permanece um ponto de controvérsia internacional, mas Israel destaca que seus cidadãos têm o direito de viver e construir em sua terra ancestral. Apesar das críticas, líderes israelenses indicaram que a construção e o desenvolvimento nessas áreas prosseguirão, refletindo preocupações de segurança e realidades demográficas.